A pandemia do novo coronavírus fez pelo menos 3.824.885 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 176.566.650 casos de infeção desde o início da crise sanitária. Segue-se um ponto de situação em vários pontos do globo.
Venezuela
O infecciologista venezuelano Júlio Castro instou esta terça-feira a população da Venezuela a que mantenha e reforce as medidas preventivas da covid-19, alertando que a pandemia está "no ponto mais alto". Nas últimas 24 horas, o país registou 1233 novos casos e 20 mortes. O número diário de novas infeções está acima da média dos últimos sete dias (1259).
Desde março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização seguidos de outros sete dias de confinamento rigoroso. O país contabilizou 2.865 mortes e 254.116 casos da doença desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais.
"Estamos num pico alto e sustentado. A notícia não é boa e [o pico] não vai cair", disse o médico especialista aos jornalistas. Júlio Castro, que também é assessor da oposição para a área da saúde, alertou que há clínicas venezuelanas sem material para fazer os testes PCR. Por outro lado, alertou que se registaram casos em que as pessoas foram infetadas nas filas para serem vacinadas contra a covid-19, que diz estarem a decorrer de maneira desordenada no país.
"Podemos passar de uma segunda para uma terceira onda, porque ao ter poucas pessoas vacinadas, há incentivos naturais para aumentar a transmissão e [para que] a pandemia cresça. Isso é o que provavelmente vai passar na Venezuela, no segundo semestre do ano", disse o médico.
Alemanha
Os contágios por covid-19 continuam a baixar na Alemanha sendo que só três distritos, de um total de 412, ultrapassam os 50 infetados ao mesmo tempo que aumenta o número de pessoas vacinadas contra a doença.
De acordo com as autoridades sanitárias morreram 137 pessoas de covid-19 nas últimas 24 horas, face a 107 na semana passada, enquanto se registaram na terça-feira 1455 casos positivos.
Na Alemanha morreram 90.074 pessoas desde o início da pandemia e contabilizam-se 3.717.625 casos positivos em igual período.
Rússia
A Rússia contabilizou 13.397 novos casos nas últimas 24 horas e 395 mortes, das quais Moscovo registou 5782 infeções e 75 óbitos.
Apesar de estar disponível desde o final de 2020, a vacina russa Sputnik V é evitada pelos russos que desconfiam do fármaco desenvolvido pelas autoridades.
Até ao momento e desde dezembro de 2020, apenas 19 milhões de russos, menos 13% da população, receberam pelo menos uma dose, de acordo com o levantamento realizado pelo website Gogov, que agrega dados de regiões e meios de comunicações dada a falta de estatísticas nacionais oficiais.
De acordo com uma sondagem realizada em abril pelo instituto independente Levada, mais de 60% dos russos questionados não pretendem ser vacinados, apesar de os números de contaminação não descerem há várias semanas.
A Rússia é um dos países mais afetados pela pandemia, já que segundo a agência de estatísticas Rosstat, mais de 270.000 mortes estavam relacionadas com a doença no final de abril, mais do dobro do número de óbitos reconhecido até agora pelo Governo na contagem diária (127.576).
Estados Unidos
Os Estados Unidos registaram 302 mortos por covid-19 e 13.043 casos nas últimas 24 horas, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. O número é inferior à média dos últimos sete dias (13.747). O país contabiliza 33.485.414 infetados e 600.263 óbitos desde o início da pandemia.
O balanço provisório de mortes excede em muito as estimativas iniciais da Casa Branca, que projetava, no melhor dos casos, entre 100.000 e 240.000 óbitos devido à pandemia. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estimou a morte de mais de 600.000 pessoas devido à covid-19.
Em relação às vacinas, cerca de 174,6 milhões de norte-americanos (52,6% da população) receberam pelo menos uma dose, das quais 145,7 milhões (43,9%) já estão completamente inoculadas, de acordo com os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).
China
A Comissão de Saúde da China anunciou esta quarta-feira que foram diagnosticados 21 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, todos oriundos do exterior.
Os 21 casos foram detetados em viajantes oriundos do exterior na cidade de Xangai (leste) e nas províncias de Sichuan (centro), Jiangsu (leste) e Guangdong (sudeste).
As autoridades de saúde também informaram sobre a deteção de 36 novas infeções assintomáticas, todas importadas, embora Pequim não as inclua como casos confirmados, a menos que manifestem sintomas.
A Comissão Nacional de Saúde detalhou que, até à última meia-noite local, 17 pacientes tiveram alta, após superarem com sucesso a doença. O número total de infetados ativos na China continental fixou-se assim em 487, entre os quais 14 encontram-se em estado grave.
Índia
A Índia registou 2.542 mortes causadas pela covid-19 e 62.224 casos nas últimas 24 horas, indicam dados oficiais divulgados esta quarta-feira. O número de novas infeções está abaixo da média dos últimos sete dias (77.719).
Desde o início da pandemia, o país contabilizou um total de 379.573 óbitos e quase 30 milhões de infetados.
A Índia está a reabrir os monumentos ao público, entre eles o Taj Mahal, à medida que o número de infetados e de mortos continua a diminuir. Em abril, o país chegou a registar mais de 400 óbitos diários.
Esta semana, em Nova Deli, as autoridades estão a reabrir lojas, centros comerciais e restaurantes. As restrições também foram atenuadas em Mumbai, Bengaluru, Chennai e em outras cidades. As autoridades continuam a avisar as pessoas para usarem máscaras faciais e manterem uma distância segura.
Continente africano
África registou mais 492 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, o que eleva o total de óbitos desde o início da pandemia para 135.650, e 20.063 novos infetados, de acordo com os dados oficiais mais recentes.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos no continente é de 5.084.637 e o de recuperados é de 4.548.655, mais 11.227 nas últimas 24 horas.