Coronavírus

Organização Mundial da Saúde autoriza o uso de emergência da vacina chinesa Sinovac

A Sinovac é produzida pela empresa com a mesma designação, sediada em Pequim, e a autorização de emergência concedida pela OMS vai possibilitar que seja integrada no programa Covax

Kevin Frayer/Getty Images

A Organização Mundial da Saúde aprovou nesta terça-feira a vacina chinesa Sinovac para utilização de emergência. Através de um comunicado, a OMS revelou ter validado o imunizante em causa, garantindo que respeita os padrões internacionais "de segurança, eficácia e produção".

A Sinovac é produzida pela empresa com a mesma designação, sediada em Pequim, e a autorização de emergência concedida pela OMS vai possibilitar que seja integrada no programa Covax, destinado a fornecer vacinas contra a covid-19 aos países de menores rendimentos, afetados pela suspensão das exportações a partir da Índia.

O painel independente de especialistas da OMS adiantou, de acordo com a Reuters, que recomendava a vacina Sinovac a adultos com mais de 18 anos, com uma segunda dose a ser administrada duas a quatro semanas depois. Os peritos adiantaram não haver limite máximo de idade, pois os dados apurados sugeriram que é provável que tenha um efeito protetor em pessoas idosas. A decisão foi tomada depois de terem sido revistos os dados clínicos mais recente sobre a segurança e eficácia da vacina, assim como sobre as práticas de fabricação da Sinovac Biotech.

A Sinovac é a segunda vacina a acolher aprovação pela OMS, a seguir àquela que foi desenvolvida e é comercializada pela Sinopharm. Outra vacina de origem chinesa, da CanSino Biologics, já apresentou dados de ensaios clínicos, mas nenhuma revisão da OMS foi, até agora, programada. A Sinovac, adiantou a Reuters, disse já ter fornecido mais de 600 milhões de doses da sua vacina até o final de maio e mais de 430 milhões de doses foram administradas.

Os resultados da eficácia mostraram que a vacina preveniu doenças sintomáticas em 51% dos vacinados e preveniu doença grave e hospitalização em 100% da população estudada, disse a OMS.