Coronavírus

Marta Temido: “Todos temos de aprender com o que corre menos bem”

Em Coimbra, a ministra da Saúde não quis comentar as críticas de Pinto da Costa a propósito da Champions, sublinhando que o importante em relação ao que se passou é “retirarmos as necessárias consequências em termos de saúde pública”

MARIO CRUZ/LUSA

“Neste momento não vou fazer qualquer comentário” sobre situações ligadas com a Champions, afirmou esta segunda-feira a ministra da Saúde, acrescentando apenas que “todos temos de aprender com o que corre, porventura, menos bem”.

Convidada a comentar as críticas que o presidente do Futebol Clube do Porto dirigiu ao Governo, a propósito do que considerou ser uma “dualidade de critérios”, por permitir a entrada de estrangeiros no estádio do Dragão, Marta Temido disse aos jornalistas não ter ouvido. “Houve momentos da Champions que correram dentro do previsto, disse, e ”houve várias bolhas de segurança e várias circulações aleatórias, isso ficou evidente”, afirmou.

O “importante”, concluiu, é “retirarmos as necessárias consequências em termos de saúde pública, fazendo a testagem que está programada neste momento sob as populações que estiveram mais expostas” e “controlando à posteriori o que são os efeitos potenciais de eventuais contágios, aliás em linha com o que temos de fazer no presente contexto”.

Questionada sobre se os estádios vão voltar a ter público, a ministra foi vaga: “Precisamos de apreciar cuidadosamente as regras pelas quais nos vamos continuar a reger nos próximos tempos”.

A governante acrescentou ainda: “Tenho a certeza que todos os portugueses já compreenderam que há um conjunto de regras que temos de continuar a seguir e que, a circunstância de outros não as cumprirem não deve ser - não é de certeza - um ‘alibi’ para o que gostávamos de fazer, mas um mal maior para chegarmos onde é preciso”.

Sobre as notícias que esta segunda-feira dão conta de problemas em relação ao autoagendamento da vacinação para maiores de 50 anos, Marta Temido remeteu para as declarações já proferidas pelo coordenador da 'task force', adiantando que estão a ser arranjadas soluções que vão permitir resolver os atrasos dentro de dias.