A AstraZeneca não está a cumprir os contratos celebrados com a Comissão Europeia (CE) em relação às vacinas contra a covid-19, e por isso Bruxelas considera processar a farmacêutica para obter as doses previstas em tribunal. Vários Estados-membros já mostraram reservas, Portugal lavou as mãos e remeteu a decisão para a Europa: ainda não se sabe se vai ser um juiz a decidir a atual disputa, mas já se sabe que esta ideia é mais um capítulo na relação conturbada entre estes dois lados tão necessários para vencer a pandemia.
Um desses capítulos foi escrito no mês passado, quando Bruxelas enviou uma carta à empresa com o objetivo de “iniciar um diálogo como parte de um processo de resolução de litígios”, um mecanismo previsto nos contratos celebrados. E há dias, ainda antes de os tribunais entrarem na discussão, o Comissário para o Mercado Interno, Thierry Breton, avisou que, devido aos atrasos, a CE poderá não renovar esses mesmos contratos com a AstraZeneca.