Coronavírus

Israel acorda com a Pfizer compra de milhões de doses da vacina até ao final de 2022 - e tem informação para a troca

País do mundo mais avançado na vacinação e onde já não é obrigatório usar máscara na rua quer garantir de novo doses maciças de imunizante à covid e em troca do acesso rápido vai dar à Pfizer dados médicos digitalizados do conjunto da população

CORINNA KERN

Israel assinou esta segunda-feira um acordo com o gigante farmacêutico norte-americano Pfizer que permite ao país obter de novo milhões de doses da vacina contra a covid-19.

Perto de cinco milhões de israelitas, mais de metade da população (cerca de 60%), já receberam duas doses da vacina Pfizer-BioNTech, segundo os dados do Ministério da Saúde publicados esta segunda-feira.

"Assinámos um acordo com a Pfizer para a aquisição de milhões de doses de vacinas que nos vão permitir continuar a lutar contra o corona até ao final de 2022", lê-se num comunicado conjunto do gabinete do primeiro-ministro e do Ministério da Saúde de Israel.

O país, de 9,2 milhões de habitantes e que desde dezembro efetua a mais intensa campanha de vacinação do mundo, saiu progressivamente do seu terceiro confinamento no início de fevereiro.

Este domingo foi abolida a obrigatoriedade do uso de máscara nos locais públicos.

Em troca de um acesso rápido a milhões de doses da vacina, Israel, que dispõe de dados médicos digitalizados do conjunto da população, forneceu à Pfizer dados sobre os efeitos da vacinação.

"Se não formos confrontados com uma surpresa pelas variantes que a vacina não combate, estaremos em condições de vacinar toda a população, adultos e crianças", congratulou-se o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, em comunicado.

Israel, que assinalou 837.199 contágios e 6.340 mortes, regista desde há várias semanas um recuo da epidemia, com menos de 200 novos casos diários contra mais de 10.000 no auge da crise.