A Administração de Medicamentos e Alimentos (FDA) e o Centro para o Controlo de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomendaram esta terça-feira a suspensão imediata da vacinação contra a covid-19 com o imunizante da Johnson & Johnson/Janssen, depois de terem sido detetados seis casos de coágulos sanguíneos em pessoas às quais foi administrado o fármaco.
Numa publicação no Twitter, a FDA anunciou que, em conjunto com o CDC, “emitiu uma declaração sobre a vacina Johnson & Johnson”, tendo recomendado “uma pausa no uso desta vacina”, por precaução.
Os casos foram detetados em seis mulheres, com idades entre 18 e 48 anos, Todas desenvolveram os raros coágulos duas semanas após receberem a injeção, de acordo com a FDA.
Aprovada para uso de emergência no dia 27 de fevereiro, nos Estados Unidos foram até agora administradas 7 milhões de doses da vacina da Janssen. Outros 9 milhões foram enviados para os diferentes estados.
O CDC sublinha que estão em causa efeitos adversos que “parecem ser extremamente raros", estando prevista para esta quarta-feira a realização de uma reunião entre as duas agências, para a “revisão detes casos e para a avaliação do seu potencial significado”.
As primeiras 30 mil vacinas da Johnson & Johnson chegam a Portugal esta quarta-feira. A vacina difere das já utilizadas por ser de toma única e poder ser armazenada durante três meses num frigorífico normal. Portugal fica, assim, com 1,9 milhões de doses para administrar durante o mês de abril.
A vacina da Janssen foi aprovada pela Agência Europeia do Medicamento a 11 de março. Resultante da negociação entre a Comissão Europeia e a farmacêutica, a União Europeia adquiriu 200 milhões de doses para 2021, com a possibilidade de mais 200 milhões de vacinas extra. A Portugal está previsto chegarem, durante o segundo trimestre, 1,25 milhões - no total o país deverá receber, ao longo do ano, 4,5 milhões.