A Organização Mundial de Saúde (OMS) está a trabalhar há dois meses para renomear as variantes do novo coronavírus, adiantou esta terça-feira a coordenadora da gestão da pandemia. Como afirmou Maria Van Kerkhove durante a conferência da OMS realizada na tarde desta terça-feira, o objetivo é o de "não estigmatizar" os países ou lugares onde as variantes são detetadas pela primeira vez, bem como as pessoas que aí vivem.
As estirpes mais conhecidas são muitas vezes chamadas variante britânica (B.1.1.7), sul-africana (B.1.351) ou brasileira (P1), em vez de serem tratadas pelos seus nomes técnicos.
"Há anos que temos dito que o local não deve ser o nome do agente patogénico”, começou por dizer Kerkhove, também responsável pelas doenças emergentes e zoonoses da OMS. No entanto, "continuamos a ver pessoas chamarem às estirpes 'variante do país X' ou 'variante do país Y'", lamentou.
Maria Van Kerkhove informou que a OMS está a trabalhar no desenvolvimento de uma nomenclatura para cada variante. "Embora eu pensasse que ia ser fácil, estamos a trabalhar há dois meses para o conseguir. Esperamos anunciar os novos nomes muito em breve", acrescentou.
Ainda assim, a agência mundial de saúde salvaguardou a importância de os países estarem atentos e de fazerem sequenciações genómicas para descobrirem novas variantes do SARS-CoV-2, sem receio de serem estigmatizados por isso.