Os autotestes para detetar a presença do SARS-CoV-2 vão chegar às farmácias e parafarmácias onde vão ser comercializados, até ao final desta semana. Os testes rápidos, que podem ser comprados por qualquer pessoa com mais de 18 anos, poderão ser adquiridos individualmente ou em packs de 25 testes. Um teste deverá custar 10 euros. Com este teste, qualquer cidadão poderá detetar, em casa, se está infetado com o coronavírus.
Cada teste é composto por uma zaragatoa, possui instruções em português, uma tira de teste, um tubo com tampão e uma tampa doseadora. Depois de realizado, o teste demora entre 15 a 30 minutos a apresentar o resultado. Desenvolvido pela empresa sul-coreana SD Biosensor, é distribuído pela multinacional suíça Roche.
Este é o primeiro autoteste autorizado em Portugal. A luz verde foi dada pelo Infarmed na passada sexta-feira. Segundo o jornal “Público”, uma fonte ligada à sua comercialização disse que cada teste deverá rondar os 10 euros, podendo variar tendo em conta a margem do revendedor. Os testes estão isentos de IVA, de acordo com uma diretiva da União Europeia, publicada em fevereiro passado.
A empresa suíça Roche adianta que o preço “será definido pelo ponto de venda onde o teste será comercializado”, mas sublinha que o “custo não deve ser uma barreira ao acesso”. “Acreditamos que o preço que venha a ser fixado será feito de forma responsável para que haja acesso dos testes a quem deles necessita”, esclarece a multinacional.
O diagnóstico, apesar de ser ligeiramente menos eficaz, é menos invasivo que os testes de diagnóstico normais. O utilizador coloca a zaragatoa apenas dois centímetros na zona frontal na narina - nos testes convencionais a colheita é feita na nasofaringe, exigindo uma zaragatoa maior.
O teste foi sujeito a um estudo num centro clínico em Berlim. Em 146 participantes o teste identificou corretamente 83% das pessoas infetadas e 100% as não infetadas. A comparação foi feita com testes PCR. A taxa de sucesso mostrou-se maior quando o teste foi realizado nos cinco dias após o surgimento dos primeiros sintomas (86%).