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Coronavírus

227 mil doses prontas a usar: Perguntas e Respostas sobre a vacina da AstraZeneca

Foi a polémica da semana, tão séria que levou meia Europa a suspender a aplicação da vacina. Mas, afinal, que fundamentos teve a suspensão? E quão frequentes foram esses efeitos adversos? E em Portugal? Porque é que esta vacina não é usada nos EUA? Que técnica usa? Perguntas e respostas para ficar a perceber tudo

CHRISTOPHE PETIT TESSON/EPA

O regulador europeu concluiu para já que não há associação entre um aumento da formação de coágulos sanguíneos e a toma da vacina da AstraZeneca (AZ) e manteve a sua principal conclusão: a vacina é “segura e eficaz” e os benefícios superam largamente os riscos.

Países como a Noruega, Dinamarca ou Áustria reportaram alguns episódios trombóticos e hemorrágicos em pessoas que tinham recebido a vacina da AZ. Algumas morreram. Na sequência desses relatos, um número crescente de países, a maioria da UE, decidiu suspender a administração da vacina (totalmente ou apenas lotes suspeitos) desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca em parceria com a Universidade de Oxford. A decisão de Portugal foi anunciada na segunda-feira, depois de serem conhecidas medidas idênticas em França, Espanha, Itália e Alemanha. Motivo: “Princípio da precaução em saúde pública.” Outros, como Grécia e Bélgica, continuaram a usá-la, recusando uma suspensão que não estava a ser aconselhada pela EMA. Esperam-se agora novas decisões das autoridades de saúde de cada país.