A Comissão Europeia acordou com o consórcio Pfizer-BioNTech a aceleração da entrega de 10 milhões de vacinas . Estavam previstas só para o segundo semestre do ano, mas deverão ser distribuídas já nos próximos três meses. No total, entre abril e junho, a Pfizer-BioNTech deverá distribuir "até mais de 200 milhões de vacinas" aos países europeus. Bruxelas tenta assim colmatar as falhas e os percalços com a AstraZeneca.
A presidente Ursula von der Leyen adianta, em comunicado, que os estados-membros ficam com "espaço para manobrar e possivelmente preencher lacunas nas entregas".
Quanto aos 10 milhões de doses agora antecipados "saem da compra opcional de 100 milhões de doses" incluída no segundo contrato fechado com a BioNTech-Pfizer, estando "previstas para o terceiro e quarto trimestres de 2021". A proposta de Bruxelas terá agora de ser aprovada pelos Estados Membros.
O anúncio surge no meio de uma guerra entre a União Europeia e a fabricante AstraZeneca por atrasos nas entregas. Entretanto, grande parte dos países europeus suspendeu o uso das vacinas do consórcio anglo-sueco, devido a dúvidas sobre possíveis efeitos secundários.
Na semana passada, Bruxelas tinha também anunciado a negociação de mais quatro milhões de doses da vacina da Pfizer até ao final de março. Um número que, no entanto, está longe de compensar o buraco criado pelos atrasos da AstraZeneca.