Coronavírus

Covid no 🌏: Reino Unido já vacinou mais de 20 milhões de pessoas com 1.ª dose da vacina

A União Europeia estima que dentro de duas a três semanas “tudo vai funcionar normalmente” na produção e distribuição de vacinas contra a covid-19 nos Estados-membros. Estados Unidos, Reino Unido e Israel vão na liderança mundial da vacinação

Margaret Keenan, de 90 anos foi a primeira pessoa do Reino Unido a receber a vacina à covid-19 a 8 de dezembro
Jacob King — Pool/Getty Images

A pandemia do novo coronavírus matou pelo menos 2.526.075 pessoas em todo o mundo, desde que a Organização Mundial da Saúde registou o inicio da doença no final de dezembro de 2019, segundo informação recolhida hoje pela agência AFP. Mais de 113.758.510 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 69.695.100 foram considerados curados.

França

O número de novos casos diários de infeção com covid-19 registado hoje em França caiu ligeiramente abaixo de 20.000, num dia em que também houve menos mortes em hospitais, segundo as autoridades de saúde. Em França, nas últimas 24 horas, registaram-se 19.952 novos casos de contaminação com o novo coronavírus, fazendo subir o total para 3.755.968, desde o início da pandemia.

Os números de fim de semana tendem a ser menores, por causa do menor número de testes, mas mantém-se, de qualquer forma, a tendência de queda dos últimos dias, com 23.996 novos casos no sábado e 25.207 na sexta-feira. Na quarta-feira, porém, houve um pico de 31.519 novos casos de infeção, o mais elevado número desde novembro.

O número de mortes com covid-19 também caiu hoje para 122, após 186 óbitos no sábado e 286 na sexta-feira, totalizando 86.454 pessoas que perderam a vida com esta doença.

Entre 15 e 20% da população francesa já está imunizada contra o novo coronavírus, segundo o diretor-geral de Saúde, Jérôme Salomon.

União Europeia

A União Europeia (UE) estima que dentro de duas a três semanas “tudo vai funcionar normalmente” na produção e distribuição de vacinas contra a covid-19 nos Estados-membros, segundo a comissária da Coesão e Reformas, Elisa Ferreira. “A nossa expectativa é que dentro de duas, três semanas, tudo vá funcionar normalmente com os níveis de produção e de distribuição muito mais fortes do que até agora", sublinhou a comissária portuguesa em entrevista à agência noticiosa espanhola Efe. Elisa Ferreira acredita que à medida que se alcance a “velocidade de cruzeiro” os países terão de concentrar-se na “capacidade” de administrar as vacinas à população, porque irão “chegar, chegar e chegar”. A comissária europeia rejeitou a ideia de que a UE esteja muito atrasada na campanha de vacinação relativamente a outros países, como os Estados Unidos, o Reino Unido ou Israel, que vão na liderança mundial.

Reino Unido

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, anunciou hoje que mais de 20 milhões de pessoas no Reino Unido já receberam a primeira dose da vacina contra covid-19, um progresso que considerou "magnífico". "Estou absolutamente encantado por informar que mais de vinte milhões de pessoas foram vacinadas em todo o Reino Unido. É absolutamente fantástico. Quero agradecer a cada pessoa que veio para receber a dose", acrescentou Hancock num vídeo que colocou na sua página da rede social Twitter.

O Reino Unido registou 290 mortes e 7434 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, de acordo com dados publicados hoje pelo Governo britânico, revelando a tendência de diminuição da propagação da pandemia no país. Nos últimos sete dias, morreram 2341 pessoas com covid-19, o que representa uma queda de 32% relativamente a igual período da semana anterior, enquanto o aparecimento de novos casos diminuiu 17%. Desde o início da crise sanitária no Reino Unido, 122.705 pessoas morreram, tendo sido registados 4.170.519 casos de contágio com o novo coronavírus.

Itália

Os contágios e as mortes por covid-19 desceram ligeiramente em Itália, para 17.455 novos casos e 192 mortes nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde, sendo recomendado o encerramento das escolas nas áreas mais atingidas. No total, 2.925.265 pessoas foram infetadas no país desde o início da pandemia, há um ano, tendo-se registado 97.699 mortos.

Os valores diários divulgados hoje traduzem uma diminuição, pelo segundo dia consecutivo, quer do número de mortes, quer de novos contágios, comparando com 280 e 18.916, respetivamente, na sexta-feira.

Em Itália, a pressão sobre os hospitais tem vindo a aumentar e vários já ultrapassaram o nível de alerta. Dos atuais 422.365 casos ativos de covid-19 no país, 20.869 estão internados, mais 281 do que no dia anterior (20.588), e 2231 pessoas estão nas unidades de cuidados intensivos, o que representa um aumento de 15.

Alemanha

A Alemanha registou nas últimas 24 horas 7890 novos casos de coronavírus e 157 mortes pela doença, anunciou hoje o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, sinalizando um aumento dos contágios e do número de mortes na semana. Há uma semana, houve menos 214 novos contágios e um total de 145 mortos, segundo dados do RKI.

A incidência semanal manteve-se em 63,8 contágios por 100.000 habitantes. Em janeiro e durante as primeiras semanas de fevereiro, o número de novos contágios desceu, mas essa tendência foi interrompida, o que, segundo o RKI, pode estar relacionado com a presença de novas variantes no país. Alguns especialistas defendem que o país pode estar no início de uma terceira vaga da pandemia. Desde o início da pandemia, a Alemanha registou 2.444.896 casos de contágios de coronavírus, 70.756 mortes e 2.248.200 recuperações.

México

O México registou 783 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, acumulando agora 185.257 óbitos desde o início da pandemia, disseram no sábado as autoridades mexicanas. No mesmo período de tempo, foram detetados 7512 contágios, elevando o total para 2.084.128 casos desde o início da pandemia. O México é o terceiro país do mundo com mais mortes provocadas pelo novo coronavírus, atrás dos Estados Unidos e do Brasil, e o 13.º em número de infeções, de acordo com a contagem independente da Universidade Johns Hopkins (EUA).

Israel

Israel autorizou planos para oferecer vacinas aos palestinianos. O país está debaixo de fogo por não estender a sua campanha aos 5,2 milhões de palestinianos que vivem na Cisjordânia ocupada e Gaza, que até agora receberam cerca de 32.000 doses de vacinas.

Israel já vacinou mais de um terço da sua população. Concordou, no início deste mês, em dar aos funcionários de saúde palestinianos 5.000 doses da Moderna Inc, das quais distribuiu desde então 2.000. Agora, o Estado disse que irá oferecer vacinas Moderna aos cerca de 130.000 palestinianos que trabalham em Israel ou nos seus colonatos na Cisjordânia. As vacinações começarão dentro de dias. Grupos de direitos humanos criticaram a medida por não ir suficientemente longe.

Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau registou mais 15 casos de infeção pelo novo coronavírus, para um total acumulado de 3262, segundo os dados hoje divulgados pelo Alto Comissariado para a covid-19. Os dados, referentes a sábado, indicam também que o número de pessoas internadas desceu para 15. Segundo o Alto Comissariado há 595 casos ativos no país e 12 pessoas foram dadas como recuperadas para um total acumulado de 2613. A covid-19 já provocou a morte a 48 pessoas. Na sequência do aumento de casos que se tem registado desde o início do ano, o Governo guineense decidiu prolongar o estado de calamidade por mais 30 dias, até 25 de março.

Irão

O Irão começou hoje os ensaios clínicos da vacina contra a covid-19 de fabrico local Razi Cov Pars, a segunda a ser testada na população do país. O início do ensaio clínico ocorreu no Hospital Rasoul Akram, em Teerão, com a primeira dose a ser ministrada a dois voluntários, numa cerimónia que foi transmitida em direto por videoconferência para a comunicação social. Desenvolvido pelo Instituto de Investigação de Vacinas Razi, esta nova vacina contra a covid-19 consiste em duas injeções intramusculares e uma administração intranasal inalada e emprega novas versões de combinação da proteína spike.

Jordânia

Os ministros do Interior e da Justiça da Jordânia, que tinham assistido a um jantar num restaurante em Amman com um total de nove pessoas, quando a lei permitia um máximo de seis, foram demitidos no domingo por violarem os regulamentos da lei de emergência para travar a propagação do coronavírus. Os dois ministros foram convidados a demitir-se pelo primeiro-ministro, Bisher al-Khasawneh, uma medida imediatamente apoiada pelo rei Abdullah II.

Filipinas

As Filipinas deverão receber o seu primeiro lote de vacinas contra a covid-19 este domingo, fazendo com que esteja entre os últimos países do sudeste asiático a assegurar as doses críticas, apesar de ter o segundo maior número de infeções e mortes por coronavírus na região duramente atingida. O Presidente Rodrigo Duterte regozija-se com a chegada de 600.000 doses de vacina doada pela China. As vacinações inicialmente destinadas aos trabalhadores da saúde estão programadas para começar na segunda-feira.

Nigéria

A Nigéria receberá o seu primeiro lote de vacinas contra a covid-19 da Oxford/AstraZeneca esta terça-feira, com quase quatro milhões a chegar à nação mais populosa de África. As primeiras doses serão administradas ao pessoal de saúde da linha de frente.