Numa altura em que a produção e distribuição das primeiras vacinas contra a covid-19 ainda enfrenta constrangimentos, os cientistas estão já a trabalhar numa série de vacinas de segunda geração, com o objetivo de expandir a proteção contra novas variantes diferentes do vírus, relatou o jornal britânico "The Guardian".
Em estudo estão várias hipóteses, como vacinas que forneçam uma defesa imunológica contra várias variantes diferentes do coronavírus. Mas não são as únicas: estão também a ser desenvolvidas possíveis vacinas que sejam eficazes no bloqueio da transmissão do vírus — quando até agora o foco tem sido na garantia de evitar formas graves da doença (algo que se tem revelado um sucesso).
Desde a deteção das variantes britânica, sul-africana e brasileira, tem sido verificada a maior capacidade de transmissão da doença, mas isso não garante que leve ao desenvolvimento de doenças graves — que obriguem ao internamento em cuidados intensivos ou provoquem mesmo a morte.
NOVAS POSSIBILIDADES EM CIMA DA MESA
É por isso que a equipa do virologista Jonathan Ball, da Universidade de Nottingham, em parceria com a empresa de imunologia Scancell numa nova vacina focada no bloqueio da transmissão. Esperam começar brevemente com os primeiros testes clínicos.
Já a Universidade de Bristol começou a desenvolver uma vacina capaz de induzir anticorpos no nariz e na garganta. Acreditam que gerar anticorpos nas vias respiratórias superiores pode ajudar a bloquear a infecção por coronavírus.