Depois de tomar as duas doses da vacina contra a covid-19, Alice Ferreira, de 85 anos, já só pensa em sair do lar de Celeirós, em Braga, para ir ver a gata Beleza. E Luís Calatréi, com 92 anos, quer voltar a comprar o jornal no quiosque e regressar à pastelaria para beber um carioca de limão. A vacina trouxe esperança a estes idosos que vivem há praticamente um ano sem poder sair das estruturas residenciais e que, em vários momentos, admitiram não ver futuro algum. Têm, no entanto, noção de que a liberdade ainda demora e de que, apesar da vacina, ainda não podem estar com os filhos, ir para casa, ou passear fora do lar.
Exclusivo
Covid-19. E depois da segunda dose da vacina? É preciso “manter exatamente as mesmas medidas”
Com duas doses da vacina que protege contra a covid-19, pode surgir uma sensação de falsa segurança. Os virologistas sublinham que é necessário manter os mesmos hábitos de proteção, como o uso de máscara ou distanciamento social. “Sabemos pouco quanto à capacidade que a vacina tem de nos proteger de infeção assintomática, ou seja, de ficarmos infetados e podermos transmitir, embora sem sintomas nenhuns”, explica Paulo Paixão