Os estudantes de enfermagem em ensino clínico vão ser, “finalmente”, incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a covid-19, por estarem expostos aos mesmos riscos dos restantes profissionais de saúde, reivindicação que tem vindo a ser reiteradamente defendida pela Ordem dos Enfermeiros (OE).
A garantia foi dada à Ordem pelo novo Coordenador da Task-Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19, Vice-Almirante Henrique Gouveia e Melo, que se reuniu com a Bastonária, Ana Rita Cavaco, e o vice-presidente, Luís Barreira.
Na mesma reunião, ficou decidido que vai competir à OE a responsabilidade de reunir informação sobre os enfermeiros que ainda não foram vacinados, universo que irá abranger o sector privado e profissionais liberais. Em comunicado, a OE refere que em relação aos do SNS, “ uma vez que, até à data, a vacinação de enfermeiros dos Cuidados de Saúde Primários Vacinados é residual”, está marcada nova reunião para hoje.
Recorde-se que estas questões levaram a OE a escrever à ministra da Saúde, Marta Temido, e ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Quanto à vacinação nas farmácias, a OE voltou a defender que qualquer profissional que não seja enfermeiro ou médico deve ser afastado do processo de vacinação. Sobre esta questão, o coordenador da Task-Force garantiu que nunca irá ultrapassar as normas técnicas da DGS.
A OE já manifestou manifestou “toda a sua disponibilidade para colaborar com a Task-Force” para o Plano de Vacinação, fazendo “votos de que esta mudança na coordenação corresponda também a uma mudança no decurso do processo, até aqui pautado por falhas e abusos”, que a OE espera que não aconteçam no futuro.