A Direção-Geral da Saúde anunciou esta quarta-feira que vai “atualizar as suas orientações” e que vai alargar os testes à covid-19 a todos os contactos de alto e baixo risco e a sectores de atividade “com elevada exposição social”. Qual é o objetivo? "Antecipar um desconfinamento controlado".
De acordo com a nota da DGS enviada às redações, prevê-se assim um “alargamento da utilização de testes laboratoriais a todos os contactos (de alto e de baixo risco)”, assim como tratará de disponibilizar de uma forma generalizada testes rápidos de antigénio nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde. Finalmente, a DGS vai implementar ainda rastreios regulares com testes rápidos de antigénio “em contextos particulares como nas escolas e sectores de atividade com elevada exposição social”, nomeadamente trabalhadores de fábricas, trabalhadores da construção civil e entre outros.
Sobre os testes rápidos de antigénio, que permitem identificar a presença de proteínas específicas do vírus SARS-CoV-2, a DGS dá conta de que a utilização dos mesmos "tem sido progressivamente alargada", quer quanto a locais onde podem ser realizados, quer quanto a profissionais de saúde que os podem realizar.
"Atendendo à situação epidemiológica atual, quer pela emergência das novas variantes de SARS-CoV-2, quer pela diminuição da incidência diária de casos de infeção", explica a nota das autoridades de saúde, "a DGS vai atualizar as suas orientações, no sentido de reforçar e alargar as indicações para a realização de testes laboratoriais de forma a antecipar um desconfinamento controlado". Esta medida visa também "otimizar a capacidade laboratorial do país, gradualmente expandida durante o ano de 2020".
Trata-se assim de uma atualização das normas 015/2020 e 019/2020 da DGS. A 24 de julho, num texto publicado sobre o rastreio de contactos na página oficial na Internet, a Direção-Geral da Saúde explicava a diferença entre contactos de alto risco e baixo risco: “Quando o contacto teve uma exposição de alto risco, deverá ficar em vigilância ativa durante 14 dias (sujeito a contactos diários), desde a data da última exposição, e em isolamento profilático. Entre as medidas a adotar, o contacto próximo deve automonitorizar diariamente sintomas compatíveis com covid-19, medir e registar a temperatura corporal duas vezes por dia, e estar contactável”.
E continua: “Já o contacto classificado como tendo exposição de baixo risco, fica sujeito a vigilância passiva durante 14 dias e também deve automonitorizar diariamente os sintomas e medir e registar a temperatura corporal duas vezes ao dia. Nestes casos, o contacto não deve frequentar locais com aglomerações de pessoas, podendo manter a atividade laboral, com utilização adequada de máscara”.