A Madeira tem disponíveis mais três camas de cuidados intensivos para acolher doentes com covid-19 do continente. A oferta, oficializada pelo Governo Regional, foi já aceite pela ministra da Saúde, com as eventuais transferências a dependerem da autorização das famílias.
As vagas foram confirmadas esta quarta-feira pelo presidente do Governo da Madeira. "Vamos receber mais três doentes. É uma questão de elementar decência e de humanismo. Temos a capacidade de o fazer - isso foi avaliado pelo diretor clínico [do Serviço de Saúde da Madeira] e respetiva equipa - e vamos receber sem qualquer problema", afirmou Miguel Albuquerque.
"São doentes de cuidados intensivos, porque o grande problema que o país tem neste momento é, de facto, a resposta nos cuidados intensivos", explicou ainda.
O anúncio de que a região vai receber mais três doentes com covid-19 foi inicialmente feito pelo secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, nas instalações do Serviço de Proteção Civil, onde hoje teve início a vacinação dos bombeiros das diversas corporações do arquipélago.
Pedro Ramos sublinhou que a Madeira dispõe de capacidade para tratar 50 doentes em cuidados intensivos, sendo que apenas oito se encontram nessa unidade.
Não existe ainda uma data prevista para a transferência dos doentes. Havendo luz verde dos familiares, o processo é rápido. Em poucas horas, com recurso aos meios da Força Aérea, será possível colocar os doentes no Funchal, apurou o Expresso. Foi o que aconteceu há uma semana, quando dois doentes do Hospital Beatriz Ângelo e um do Hospital São Francisco Xavier foram transferidos para a Madeira.
De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago contabiliza 5338 casos confirmados de covid-19, dos quais 1905 estão ativos, registando 47 mortes associadas à doença desde o início da pandemia.