Amontoam-se os casos de incumprimento dos critérios de vacinação contra a covid-19 em Portugal. Esta segunda-feira, o Expresso noticiou que José Manuel Braço Forte, Provedor da Santa Casa da Misericórdia do Montijo, mandou vacinar a mulher, que não era prioritária. A desculpa dada por Braço Forte ao Expresso foi a seguinte: a mulher tem 70 anos e "é voluntária" na Unidade de Cuidados Continuados de São Rafael (gerida pela SCMM). "Está tudo justificado", disse ainda, recusando-se a prestar esclarecimentos adicionais.
João Afonso, presidente da Assembleia-Geral da SCMM, refuta o argumento: Maria Fernanda Braço Forte "não é voluntária há, pelo menos, um ano". Além disso, lembrou ao Expresso que “o senhor provedor não comunicou a ninguém" a composição da lista, e que "os trabalhadores expressaram a sua perplexidade" face à decisão de Braço Forte. "Disse-lhe que teria de refletir sobre a sua posição na Santa Casa. Não aceitei a justificação do provedor porque aquilo que ele me transmitiu não corresponde aos factos que eu conheço. Enquanto representante da instituição, já lhe manifestei o caminho que acho que ele deve seguir”, acrescentou o também vereador do PSD, abrindo a porta à demissão de Braço Forte.