Vêm de países europeus como Inglaterra, França ou Suécia, ou de sítios mais distantes como o Irão. Muitos foram apanhados com o agravar do surto de covid-19 e as restrições nas viagens, outros assumiram a opção - e tiveram possibilidades financeiras para tal - de ficar em Portugal o tempo que for preciso até a pandemia estar controlada. São turistas do confinamento, que dizem sentir-se sentir "seguros" e até agradados com a experiência, que os levou a tomar a opção de não regressar aos países de origem.
O casal norte-americano Ann Juliano e Patrick Dunn vive em Londres e chegou à Madeira a 26 de outubro do ano passado, no objetivo inicial de passar cinco dias no hotel Les Suites at The Cliff Bay com o filho de três anos. Mas permanecem há já três meses na ilha portuguesa, onde preveem agora ficar por tempo indeterminado.
"Escolhemos na altura vir para a Madeira, porque estava na lista dos corredores aéreos com o Reino Unido", refere Ann Juliano. "Isto não é o que planeávamos, originalmente até pensávamos em ir para o Algarve, porque adoramos essa região".
Mas o surto de covid-19 entretanto agravou-se. "O que aconteceu foi que os números começaram a subir de tal forma no Reino Unido que fomos ficando por mais tempo e isto deixou de ser um 'short break'", frisa o casal, que há alguns dias saiu do hotel onde estava alojado para arrendar uma casa no Funchal, na perspetiva de ficar por mais uns meses. "O plano agora é voltar só quando a situação no Reino Unido estiver mais segura, agora ainda está longe disso", adiantam.