Exclusivo

Coronavírus

Ansiedade foi o sintoma “predominante” entre os enfermeiros no início da pandemia. A maioria adaptou-se, mas há risco de doença mental

Além da ansiedade, que se destacou entre os restantes sintomas de sofrimento psicológico manifestados pelos enfermeiros e enfermeiras inquiridos no contexto de um estudo do CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde, foi registado um aumento dos níveis de stress e sintomas depressivos. A boa notícia é que esses sintomas diminuíram ao longo dos meses, a menos boa é que há o risco de desenvolver doença mental em alguns casos. Recomendações da Organização Mundial de Saúde não “foram tão seguidas quanto desejável” e “o mais importante é preparar a saúde mental para depois da pandemia, porque é aí que as consequências vão aparecer”

Win McNamee/Getty Images

Helena Bento

A ansiedade: este foi o sintoma psicológico que se destacou entre os enfermeiros portugueses ao longo do confinamento de março e abril, revela um estudo realizado por investigadores do CINTESIS - Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde sobre a saúde mental destes profissionais de saúde. Foi registado, aliás, um aumento de 40% nestes níveis durante o primeiro confinamento, em comparação com outros estudos, nacionais mas também internacionais, que avaliaram os mesmos parâmetros.

Segundo Francisco Sampaio, investigador no referido centro de investigação e autor do estudo, a ansiedade foi, de facto, “o sintoma mais predominante”. Isso explica-se pelo “facto de se terem confrontado com algo novo” que lhes trouxe “incerteza e insegurança”. Além de ansiedade, os enfermeiros que participaram no estudo (829 no total, na sua maioria mulheres) deram conta de um aumento de outros sintomas de sofrimento psicológico, como stress, depressão e dificuldades no sono.

Artigo exclusivo para subscritores.Clique aqui para ler.

Coronavírus