Coronavírus

Petição com mais de 7 mil assinaturas para incluir alunos de enfermagem no grupo prioritário de vacinação

Numa petição pública que já conta com mais de sete mil assinaturas, os estudantes de enfermagem pedem para serem prioritários no plano de vacinação para a covid-19. "Apesar de ainda não sermos profissionais de saúde, estamos expostos aos mesmos riscos e contactos", apelam

CANSAÇO. Mais uma imagem relacionada com a primeira desta fotogaleria, quer pelo assunto quer pelo local: covid, Wuhan. Nesta, uma enfermeira de uma unidade de cuidados intensivos da cidade chinesa ajusta os óculos, no dia 26 de fevereiro, ainda o número de infeções e de mortes estavam muito longe das proporções que vieram a tomar.
STR

Os estudantes de enfermagem inseridos em ensino clínico dirigem-se à task force responsável por elaborar o plano de vacinação para a covid-19, lançando uma petição pública para serem incluídos no grupo prioritário. Já com mais de sete mil assinaturas, a petição pede para que haja uma reformulação do plano.

"É com tristeza que, enquanto estudantes de enfermagem, constatámos que não fomos contemplados nos Grupos Prioritários da Vacinação contra a COVID-19. Estamos presentes na prestação de cuidados, seja em meio hospitalar ou comunitário, pelo que, apesar de ainda não sermos profissionais de saúde, estamos expostos aos mesmos riscos e contactos. Além disso, constituímos possíveis veículos de transmissão do vírus", pode ler-se no texto do grupo que diz não querer, "de modo algum, virar as costas ao contexto pandémico".

A Ordem dos Enfermeiros já tinha defendido que este grupo de estudantes deveria constar no grupo prioritário de vacinação e, na sequência da decisão, a bastonária, Ana Rita Cavaco, chegou a enviar um ofício à ministra da Saúde, Marta Temido, a apelar para que a situação seja tida em conta.

O comunicado contesta a opção da 'task force', defendendo que, a manter-se o plano, a vacinação deste grupo está no "fim das prioridades, como qualquer outra pessoa sem ligação à área da saúde ou em contacto direto com doentes, o que, em primeira linha, representa um risco para os próprios doentes".