A rádio TSF noticiou este sábado de manhã que Portugal "só vai receber em fevereiro e março cerca de 700 mil vacinas das 1,4 milhões previstas", ou seja, metade do que estava programado. Um atraso que, segundo o coordenador da 'taskforce' do Plano de Vacinação da covid-19, Francisco Ramos, não comprometerá a primeira fase do plano português, mas não permitirá antecipá-lo, admitindo uma quebra de 50% do esperado.
"Estamos a falar de um atraso superior a 50% daquilo que estava programado [a nível europeu], o que no caso português significaria em vez de 1,4 milhões de doses previstas para fevereiro e março, receber 700 mil doses [da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca]. Ainda é possível que esse número seja revisto em alta. Será discutido na próxima semana a nível europeu", referiu Francisco Ramos.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador da 'taskforce' do Plano de Vacinação da covid-19 admitiu "um percalço" com o que era esperado, apontando que "a Astrazeneca, de facto, está com dificuldades em cumprir o calendário de produção", tendo proposto "nos últimos dias, uma redução muito acentuada de entregas para os próximos dois meses".