A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defende que é preciso reduzir as turmas e testar “todos os contactos próximos” de casos positivos de covid-19 para manter as escolas abertas.
“Não basta dizer que as escolas vão estar abertas, é preciso fazer mais do que foi feito”, avisa o secretário-geral, Mário Nogueira. Caso contrário, “o Governo pode estar a tomar uma posição verdadeiramente irresponsável”.
O dirigente da Fenprof falava em conferência de imprensa virtual após o anúncio das medidas do novo confinamento geral que mantêm em funcionamento todos os estabelecimentos de ensino.
Para a Fenprof, “os testes têm de ser obrigatórios” em situação de infeções próximas e recusa a ideia, esta quarta-feira defendida por António Costa, de que as escolas não sejam um fator de contágio.
No momento em que apresentava ao país as regras para o próximo mês, o primeiro-ministro afirmou que “no primeiro período o número de surtos foi diminuto” nas escolas e que os casos reportados no universo escolar não tiveram um peso significativo.
Em comunicado enviado às redações, a Fenprof acusa o Governo de encobrir “a situação real vivida nas escolas”, contando 1077 estabelecimentos com casos positivos.
“Também não se realizaram rastreios, como se exigia, mesmo quando surgiam casos de infeção e se justificava, no mínimo, testar os contactos próximos.”
Mário Nogueira pediu ainda um “reforço imediato” de operacionais para as limpezas das escolas e a integração dos professores na segunda fase de vacinação, além da proteção aos docentes que pertencem a grupos de risco.