Os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) mostram que há 107 concelhos nos dois patamares de risco mais elevado de infeção por covid-19, dos quais 25 municípios estão num nível extremo. Os números são mais baixos do que os 113 municípios que neste momento ainda estão com restrições apertadas, o que reflete uma ligeira melhoria apesar de também haver locais do país onde a situação epidemiológica piorou.
O balanço a partir dos dados divulgados esta segunda-feira indica que há 21 concelhos que melhoraram a sua situação, ao passarem a ter menos de 480 novos casos por 100 mil habitantes em duas semanas (entre 25 de novembro e 8 de dezembro). E há outros 15 municípios que, pelo contrário, viram aumentar o número de novas infeções, saltando para os dois patamares de risco mais elevado.
Entre os 21 municípios que melhoraram e que poderão ver aliviadas as suas restrições numa próxima avaliação do Governo estão os seguintes:
Alandroal |
Alcanena |
Alijó |
Ansião |
Arcos de Valdevez |
Caminha |
Cantanhede |
Cartaxo |
Castelo de Paiva |
Cuba |
Gouveia |
Manteigas |
Mirandela |
Murça |
Pampilhosa da Serra |
Sabugal |
Sardoal |
Sátão |
Serpa |
Tarouca |
Vila Nova de Paiva |
Pelo contrário, há outros 15 concelhos que pioraram a sua situação e passaram a ter mais de 480 novos casos por 100 mil habitantes. Este nível de incidência tem sido usado como referência para o Governo para aplicar medidas mais restritivas, como a proibição de circulação na via pública depois das 13h aos fins de semana, que estão agora em vigor em 113 concelhos.
Entre os que viram a sua situação piorar está Pinhel, no distrito da Guarda, onde a incidência mais do que triplicou, passando de 247 para 1069 novos casos por 100 mil habitantes, o que coloca o concelho num nível de risco extremamente elevado. Também Tabuaço, no distrito de Viseu, deu um salto preocupante: de um patamar moderado (83 novos casos por 100 mil habitantes) para risco muito elevado (895), com uma incidência dez vezes mais alta do que entre 19 de novembro e 2 de dezembro.
Estes são os 15 concelhos onde a situação piorou:
Alenquer |
Castelo de Vide |
Évora |
Figueira de Castelo Rodrigo |
Moita |
Montalegre |
Montemor-o-Novo |
Montijo |
Nelas |
Penamacor |
Pinhel |
Resende |
Santa Marta de Penaguião |
Tabuaço |
Terras de Bouro |
Segundo os dados agora atualizados, Lisboa (530), Loures (480) e Almada (547) continuam nos dois patamares de maior risco, assim como Porto (680) e Vila Nova de Gaia (774), por exemplo. Concelhos como Amadora (398), Cascais (407), Oeiras (318), Sintra (456) ou Seixal (407), na Área Metropolitana de Lisboa, mantêm-se num nível menos grave. Apesar da situação no Norte do país já ter melhorado, a esmagadora maioria dos concelhos em situação mais preocupante continua a estar nesta região.
Há agora 25 concelhos com risco extremo (acima de 960 novos casos por 100 mil habitantes), menos dez do que na semana passada. Mondim de Basto, Marvão e Chaves são os únicos com mais de 2 mil novos casos. Trofa, Armamar e Vila Pouca de Aguiar, na região Norte, estão no topo da lista, tal como Crato, Gavião, Mourão e Nisa, no Alentejo.
No total dos 107 concelhos nos dois níveis de risco mais elevado residem cerca de 5 milhões de portugueses, dos quais 900 mil vivem num dos 25 municípios de risco extremo.
[Artigo atualizado às 18h06]