O plano de vacinação contra a covid-19 que vai arrancar em Portugal em janeiro "vai ser homogéneo em todo o território", não discriminando regiões em função de terem maior ou menor número de casos, segundo adiantou esta sexta-feira António Lacerda Sales, secretário de Estado adjunto da Saúde, após visitar unidades de saúde no norte do país para acompanhar a situação epidemeológica.
"Estamos bem preparados, com um plano de vacinação robusto, e numa aliança importante com as Forças Armadas e as forças de segurança, para a partir de janeiro haver uma nova luz e uma nova esperança para os portugueses", adiantou.
Lacerda Sales lembrou que, até ao fim do primeiro semestre, 3,6 milhões de pessoas irão ficar vacinadas em Portugal contra a covid-19, o que inclui 950 mil numa primeira fase, dirigida a profissionais de saúde, residentes em lares e pessoas com patologias mais graves, e 2,7 milhões numa segunda fase.
O secretário de Estado adjunto da Saúde enfatizou ainda que o plano de vacinação é "flexível e adaptável" às evidências científicas que a cada momento vêm ao de cima com a evolução da pandemia.
"A evidência científica hoje é o erro retificado amanhã", frisou Lacerda Sales. "Se amanhã disserem que as prioridades são outras, estas adequar-se-ão ao plano".
Na primeira fase, o imunizante será ministrado nos 1200 postos de vacinação a nível nacional e "mais para diante", poderão existir outras campanhas de vacinação mais maciças, em escolas ou pavilhões", avançou o responsável.
"Temos 40 mil enfermeiros no serviço Nacional de Saúde, e são eles que prioritariamente vão vacinar", referiu Lacerda Sales, deixando em aberto de haver neste campo "reforços", caso venham a ser necessários.