O início do confinamento foi difícil para o Afonso. Com os treinos de andebol suspensos e as aulas a decorrerem exclusivamente online, de um dia para o outro acabaram-se os encontros com os amigos e a rotina passou a ser controlada pelos ecrâs de computador. Sentava-se para cumprir a agenda letiva e as tarefas escolares e sentava-se para jogar Playstation, recorda a mãe, passando o “estar sentado” a ser (praticamente) a sua única atividade durante as últimas semanas de março e os meses de abril e maio.
Não é a rotina mais saudável para um miúdo de 11 anos, mas, como ele, muitas crianças se viram privadas de uma dimensão importante das suas vidas de criança: poder brincar. Limitadas ao contacto com o seu núcleo familiar mais restrito e ‘presas’ dentro de casa, foram-se os jogos de bola com os amigos, as correrias no recreio e perdeu-se o verão tal como costumava ser, sem que as restrições por causa da covid-19 tenham chegado ao fim com o regresso às aulas.