Coronavírus

Covid-19: vacina de Oxford tem eficácia média de 70% (e vai ser mais barata e mais fácil de armazenar do que as da Pfizer e Moderna)

Estes são resultados provisórios dos ensaios clínicos em grande escala desenvolvidos no Reino Unido e no Brasil

Dado Ruvic

A vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford tem uma eficácia média de 70,4%, segundo um comunicado divulgado esta segunda-feira. Estes são resultados provisórios dos ensaios clínicos em grande escala desenvolvidos no Reino Unido e no Brasil, diz a AstraZeneca.

De acordo com a BBC, este feito será visto como um triunfo e como uma desilusão pois a eficácia fica muito longe dos fármacos de Pfizer/BioNTech (95%) ou Moderna (94,5%), apesar de a vacina ter sido desenvolvia em apenas 10 meses quando costuma ser em 10 anos. Por outro lado, esta cadeia de televisão britânica refere que esta vacina será mais barata e que será mais fácil armazená-la (2-8 °C), assim como distribui-la para todos os cantos do mundo. Ou seja, sendo aprovada pelos reguladores, terá um papel importante no ataque à pandemia.

Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, falou em notícias "incrivelmente excitantes" e, mesmo que faltando garantir algumas questões de segurança, "resultados fantásticos". Aquele Governo já encomendou 100 milhões de doses desta vacina, sendo assim possível imunizar 50 milhões de pessoas.

O laboratório AstraZeneca, que revelou não ter havido consequências sérias para os vacinados nem hospitalizações, diz que a eficácia da sua vacina pode atingir os 90%, algo que se verificou na primeira dose, uma eficácia que caiu para 62% com a sua dosagem, conta a Reuters. É por isso que a eficácia estaciona nos 70%, é uma média de eficácia entre as duas doses.

"A eficácia e segurança desta vacina confirma que será muito efetiva contra a covid-19 e terá um impacto imediato nesta emergência de saúde pública", garantiu via comunicado Pascal Soriot, o diretor executivo da Astra.