A Ordem dos Médicos saudou-se este domingo a declaração de estado de emergência pelo Governo, sublinhando, contudo, que queria ter visto as medidas ativadas ainda mais precocemente. Aproveitou também para lançar um aviso à população sobre um agravamento da pandemia nas próximas semanas e a necessidade de se cumprirem co rigor as medidas preventivas.
Reagindo à aprovação pelo Governo, no sábado, das medidas que vão vigorar entre segunda-feira e 23 de novembro, como o recolher obrigatório noturno nos concelhos de maior risco de contágio, o bastonário e o Gabinete de Crise para a Covid-19 da Ordem dos Médicos manifestaram, “neste momento de crescente atividade pandémica e de imperiosa coesão nacional no combate ao inimigo comum, a total concordância” com a declaração do estado de emergência.
“Só a intervenção a montante na interrupção das cadeias de transmissão pode precaver e impedir a rutura do Sistema Nacional de Saúde”, pode ler-se no comunicado. O bastonário e o gabinete de crise manifestam também apoio aos profissionais de saúde no combate à pandemia, nomeadamente os das localidades que se encontram sob maior pressão em termos de recursos técnicos e humanos. A necessidade de contratação urgente de médicos e demais profissionais de saúde é sublinhada no comunicado, que reconhece a relevância do envolvimento e a “colaboração indispensável” das Forças Armadas.
A Ordem também emitiu outro comunicado, propondo o adiamento do acesso à especialidade aos futuros médicos, previsto para 30 de novembro. Eu causa está a necessidade de reunir centenas de alunos no mesmo local, o que contraria os objetivos de distanciamento físico, previsto como uma forma de evitar o aumento do número de contágios.