Coronavírus

Covid-19: Portugal com novo recorde de infetados (4224) e 33 mortos em 24 horas

Há mais 40 camas ocupadas nos hospitais do país, o que representa um aumento de 2,53% face à véspera, elevando para um total de 1834 hospitalizados, o valor mais alto desde o início da pandemia

RUI DUARTE SILVA

O boletim desta quinta-feira da Direção-Geral da Saúde regista mais 4.224 casos de covid-19, para além de 33 mortes e 1.701 curados em Portugal (dados relativos a quarta-feira).

A taxa de crescimento dos novos casos em 24 horas é de 3,29%, a mais alta desde que a 18 de abril se registou um crescimento de 3,49% (então devido a novos 663 infetados).

O total de casos registados desde o início da pandemia, em março, é 132.616, sendo que atualmente há 54.486 casos ativos (+2.490 nas últimas 24h), a que se juntam um somatório de 2.428 vítimas mortais e 75.702 recuperados (+1.701 nas últimas 24 horas).

Há mais 33 mortes, o que se traduz num aumento de 1.83% face à véspera. É um valor máximo desde abril, depois dos 31 óbitos a 23 de outubro, o dia em que as mortes dispararam. Na última semana foram anunciadas 183 mortes, o que dá uma média de 26,1% por dia. Durante a pandemia registaram-se sete dias com um número de mortes mais elevado:

3 abril: 37
8 abril: 35
11 abril: 35
23 abril: 35
7 abril: 34
12 abril: 34
24 abril: 34

Há mais 40 camas ocupadas nos hospitais do país, o que representa um aumento de 2.53% face à véspera, elevando para 1.834 o total de hospitalizações, o valor mais alto desde o início da pandemia. Os doentes em Unidades de Cuidados Intensivos também subiram, segundo o boletim da DGS: são mais sete, o que engorda o total de doentes graves para 269, um número só superado duas vezes durante a pandemia: 6 e 7 de abril (270 e 271, respetivamente).

Há 64.426 contactos sob vigilância das autoridades de saúde, mais 1.969 do que na véspera.

Norte com 58,6% dos novos casos

O norte tem claro destaque na análise regional dos novos casos: 2474 casos, ou 58,6% do total nacional. É o pior dia sempre, com mais 262 casos registados do que o anterior máximo, no sábado (2.212).

Porém, também o Algarve (+63) regista um recorde em termos de novos casos, se bem que por uma margem de apenas nove infetados face ao anterior máximo. Lisboa e Vale do Tejo (1.102) fica a apenas três casos do máximo de quarta-feira. Esta quinta-feira representa 26,09% do total nacional. No Centro, num registo semelhante ao da véspera (558), foram anunciados mais 524 novos casos de infeção, tratando-se dos piores dias da pandemia naquela região. Nos Açores e Madeira registaram-se mais cinco e seis novos casos, respetivamente.

Falando de totais de casos e óbitos, por região, o mapa tem a seguinte distribuição: Norte lidera com 58.596 (1.069 mortes), Lisboa e Vale do Tejo com 56.580 (967), Centro com 11.401 (309), Algarve com 2.642 (25), Alentejo com 2.608 (43), Açores com 358 (15) e Madeira com 431 casos e sem qualquer morte.

Segue-se a distribuição dos novos casos de covid-19 por faixa etária (+mortes), desde o início da pandemia, em março:

0-9 anos: 5.493 casos (+1 morte)
10-19 anos: 9.370
20-29 anos: 22.469 (+3 mortes)
30-39 anos: 21.413 (+5 mortes)
40-49 anos: 21.911 (+25 mortes)
50-59 anos: 19.167 (+74 mortes)
60-69 anos: 12.809 (+215 mortes)
70-79 anos: 8.421 (+479 mortes)
+80 anos: 11.379 (+1.626 mortes)
Desconhecido: 184

As mortes, durante a pandemia, ocorreram sobretudo em doentes com mais de 60 anos (2.320 ou 95,5%). O segmento que visa os doentes maiores de 80 anos é o mais castigado, com 1.626 mortes, sendo seguido pelos 70-79 anos (479 mortes) e 60-69 anos (479 mortes). A pandemia já roubou a vida a 74 pessoas na casa dos 50 anos, e a 25 na faixa etária 40-49 anos. Já morreram nove doentes abaixo dos 40 anos: cinco óbitos entre 30-39 anos, três mortes entre 20-29 anos e, finalmente, uma criança até aos nove anos.