Os casos de pacientes que voltaram a ser infetados pelo vírus da covid-19 são já tantos que é difícil, ou mesmo impossível, contabilizá-los, mas uma equipa de investigadores de Hong Kong fez o que os outros especialistas de países em que foram detetados casos destes não fizeram: compararam o genoma do vírus que afetou o paciente pela primeira vez, em março, com aquele com que foi infetado na segunda vez, em agosto, e perceberam que se tratava de vírus diferentes. Se já havia dúvidas sobre a tão falada imunidade de grupo e a quantidade de pessoas que têm de ser infetadas para que esta seja alcançada, mas também sobre a presença ou não de anticorpos e quantos são necessários e quanto nos protegem de uma nova infeção, ainda passou a haver mais. Mas nada como ter calma.
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Pode ou não haver reinfeções pelo novo vírus? “Todas as evidências que existem até ao momento contrariam essa possibilidade”
Uma equipa de investigadores de Hong Kong anunciou ter documentado o primeiro caso, depois de centenas de outros já terem sido reportados noutros países. Segundo a OMS, ainda não há uma resposta clara, mas os especialistas ouvidos pelo Expresso ainda desconfiam mais. “O facto de se ter sequenciado o vírus que infetou da primeira vez e se ter percebido que era diferente do atual não significa que o paciente esteja infetado. Se estivesse, teria sintomas”