As máscaras que quase toda a gente usa nas lojas e nos transportes públicos são mais eficazes a reter as gotículas emitidas quando uma pessoa tosse ou espirra do que máscaras feitas de algodão ou poliester.
A conclusão surge depois de o Faguku, um supercomputador japonês tido como o mais rápido do mundo, ter efetuado simulações dos efeitos desses três tipos de máscara. Comparadas com as máscaras de tecido ou de poliester, as vulgares máscaras baratas, feitas de um material chamado polipropileno, foram bastante mais eficazes.
Segundo o Riken, o instituto de investigação em Kobe responsável pelo estudo, enquanto as máscaras cirúrgicas retiveram praticamente todas as gotículas, as outras máscaras apenas retiveram 80 por cento. Ainda assim, um resultado substancial, que é mais do que suficiente para justificar a sua utilização em locais públicos.
Em relação às gotículas mais pequenas, os chamados aerossóis, a eficácia revelou-se menor. Com as máscaras cirúrgicas, dez por cento delas escapam através dos espaços entre a máscara e a cara. Com os outros tipos de máscara essa percentagem pode chegar aos 40 por cento.
Dados esses resultados, a utiilização geral de máscara continua a ser fortemente recomendada. "O mais perigoso é não usar máscara", diz
Makoto Tsubokura, chefe de equipa no Centro para a Ciência Computacional do Riken, citado pelo asia.nikkei.com.
Isso não impede que muita gente continue a resistir, nos Estados Unidos e não só, devido ao grau de politização que a utilização de máscara atingiu. Já em países asiáticos como a Coreia do Sul e Taiwan, que nas últimas décadas tiveram experiência de outras epidemias e puderam constatar a eficácia das máscaras, a questão é consensual há muito tempo.