A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta segunda-feira as orientações de prevenção da pandemia da covid-19, em que aponta haver um risco "muito baixo" na utilização de notas ou moedas, e também de ar condicionado nos espaços fechados, com base "no atual conhecimento científico".
A DGS frisa que tem "acompanhado de perto a evolução do conhecimento científico desde que foram reportados os primeiros casos de covid-19", e cita um comunicado da Organização Mundial de Saúde (OMS) emitido a 9 de julho sobre as vias de transmissão do vírus, indicando que o contágio "ocorre maioritariamente através de secreções e gotículas e do contacto próximo com pessoas infetadas, não excluindo a possibilidade de transmissão por aerossóis". E lembra ainda que igual posição foi assumida pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC).
O risco da utilização de aquecedores ou equipamentos de ar condicionado é considerado pela DGS "muito baixo", desde que "se cumpram as regras para uma utilização segura, nomeadamente a sua manutenção, de acordo com as indicações do fabricante, e a renovação do ar dos espaços fechados".
Relativamente ao ar condicionado, é recomendado pela DGS "o direcionamento do ar para cima, de forma a não incidir diretamente sobre os ocupantes do espaço", além de uma "renovação frequente do ar, de forma a assegurar, sempre que possível, uma boa ventilação dos espaços".
Pode-se tocar em dinheiro, mas deve-se lavar as mãos a seguir
Nas habitações pessoais, é aconselhado fazer-se uma renovação do ar, sempre que possível, "através da abertura de portas e janelas, nos períodos de menor calor e quando não há incidência direta do sol". A DGS recomenda, ainda, que "se mantenham os sistemas de extração das instalações sanitárias ou casas de banho em funcionamento contínuo".
Também o risco da utilização de moedas e notas é considerado "muito baixo" pela Direção Geral de Saúde, "desde que se cumpram as regras de higienização das mãos".
Foram, assim, atualizadas as orientações relativas a métodos de pagamento, em restaurantes, lojas ou consultórios, sendo enfatizado pela DGS que, "no ato de pagamento, para proteção dos utilizadores, devem ser utilizadas vias sem contacto (como aplicações informáticas ou cartões 'contactless'), ou, no caso "de serem usadas moedas ou notas bancárias, as mãos devem ser higienizadas após o seu manuseamento".