As reuniões no Infarmed morreram em modo tabu. Lá dentro, nem uma palavra sobre o assunto. E o anúncio feito pelo Presidente da República à saída de que este "modelo" de monitorização da epidemia ia ser "descontinuado", apanhou a maioria dos participantes de surpresa.
Ao que o Expresso apurou, a decisão estava pré-articulada entre Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa há alguns dias. Quando, na semana passada, Rui Rio defendeu que estas reuniões entre políticos e epidemiologistas tinham perdido utilidade e deviam acabar, Marcelo achou que a sugestão do líder do PSD devia ser ponderada e ligou ao primeiro-ministro. António Costa achou bem, com uma ressalva: deviam esperar para ver como corria a reunião de hoje.