Salvador Malheiro lançou, este domingo, a questão sobre um eventual cerco sanitário em Lisboa e Vale do Tejo, a região onde nas últimas semanas se regista o pico de novos casos de covid-19, com uma taxa transmissão do vírus (RT) muito superior ao resto do país. O vice-presidente do PSD diz que se trata de uma “reflexão pessoal e uma advertência pública ao Governo e às autoridades de saúde”, feita no seu Facebook.
Ao Expresso, o presidente da Câmara de Ovar afirma que não pretende suscitar o assunto a nível institucional, embora defenda, enquanto autarca, que a tutela e a DGS deveriam “equacionar, se perante um foco específico numa região, não se justifica a imposição de medidas restritivas à circulação” para travar o contágio ao resto do país.
No post, o vice-presidente social-democrata, recorda que a 17 de março, percebeu-se a necessidade de criar um cordão sanitário em torno de Ovar, “por ser.o único município” português em contaminação comunitária. “Depois, todo o País passou a essa condição. Não fazia sentido fazer mais cercos e, entretanto, tudo melhorou”, refere ainda no Facebook.
O autarca frisa que concordou, então, com a medida, que durou um mês “e funcionou”, não entendendo, por isso, a razão pela qual o Governo “não pondera, agora, algo do género, quando Lisboa está a colocar em risco todo o País”. “Como se o cuidado e esforço, de tantas e tantas Pessoas, tivesse sido em vão”, acrescenta, sublinhando que, neste momento, Portugal não está em contaminação comunitária.