A partir deste fim de semana, 16 ruas da Baixa e do Centro Histórico vão ser transformadas em zonas pedonais temporárias, entre as 8h00 de sábado e as 20h00 de domingo. A medida municipal insere-se num plano de resgate do espaço público, que visa potenciar uma nova experiência de lazer e compras na cidade, decorrente da retoma da atividade económica. Por outro lado, num quadro de aposta na sustentabilidade, a medida pretende ainda incentivar os cidadãos para uma mobilidade mais consciente, menos dependente do automóvel e mais voltada para o uso dos modos suaves de transporte nas deslocações.
“É um duplo objetivo que se conjuga no plano de resgate do espaço público para os cidadãos, que foi anunciado pelo presidente da Câmara do Porto, no final do mês de maio”, refere em comunicado a autarquia, que havia procedido ao alargamento da rede de ciclovias. A decisão visa ainda conciliar a retoma da economia com o controlo da crise sanitária, promovendo com a interdição da circulação automóvel um maior distanciamento social na via pública.
Assim, a partir deste sábado, haverá três zonas da cidade só para peões - em Cedofeita e ruas adjacentes, outra na zona da movida na vizinhança dos Clérigos e ainda na área do Passeio das Virtudes, Passos Manuel, Caldeireiros e Avenida Rodrigues de Freitas. As zonas pedonais temporárias serão também Zonas de Coexistência, ou seja, significa que apesar de o trânsito automóvel ser proibido, está permitido o acesso a moradores e a parques, com velocidade máxima limite de 20 quilómetros por hora. Também as cargas e descargas são permitidas, mas só das 6h30 às 11h00, de sábados e domingos. O estacionamento nas ruas temporariamente exclusivas a caminhantes é proibido aos fim de semana no horário referido.
Nestas zonas, vai ser introduzido novo mobiliário urbano, temporário e amovível, para um usufruto mais confortável do espaço. Esse novo uso dado ao espaço público é acompanhado por marcações coloridas no pavimento.
O alargamento de ciclovias e mais ruas exclusivas para peões são já uma tendência seguida em cidades europeias como Berlim, Budapeste, Paris ou Estocolmo desde o início da pandemia, medidas que permitem acautelar um maior distanciamento entre caminhantes e ciclistas, numa altura de restrição de lotação de transportes públicos.