No mesmo dia em que o Governo deverá reavaliar se permite a abertura dos centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa, a Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) emite um comunicado onde declara que pediu ao Governo para permitir a retoma da atividade dos centros comerciais nesta região.
A APCC diz não entender por que motivo esta limitação foi apenas imposta à região de Lisboa, quando a 1 de junho o Governo permitiu a reabertura dos centros comerciais no resto do país. Em Lisboa, estes espaços continuam a funcionar tal como durante o estado de emergência, com maiores restrições, mas garantindo à população o acesso a bens de primeira necessidade e serviços considerados essenciais pelo Governo.
Recordando que a Área Metropolitana de Lisboa agrega 35% dos centros comerciais do país, que asseguram metade do emprego total gerado pelo sector a nível nacional, a associação recorda que a manutenção desta situação “é extremamente preocupante e delicada para todos os intervenientes desta cadeia de valor”. “Os lojistas que permanecem impedidos de abrir portas ficarão numa situação dramática”, assevera o presidente da APCC, António Sampaio de Matos.
A associação recorda que os centros comerciais têm demonstrado a sua capacidade para garantir a segurança de visitantes, lojistas e trabalhadores.
“É urgente que as limitações sejam levantadas. Os Centros Comerciais associados da APCC investiram para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas todas as condições de segurança sanitária, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”, continua o mesmo responsável. “Estes espaços minimizam o risco de contágio, não o agravam, permitindo à população aceder a um conjunto significativo de bens e serviços num ambiente com acesso limitado e controlado, e onde as boas práticas dos visitantes são monitorizadas e geridas por equipas profissionais de modo a minimizar os riscos.”