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Coronavírus

Reportagem na Suécia, o país que não confinou: prós e contras de não deixar reinar o medo

Como vive o país que não confinou a população nem foi capaz de imunizá-la? Como explica o especialista responsável pela estratégia? O Expresso em Estocolmo, no centro do país que pôs o mundo a discutir se o confinamento contra a covid-19 faz, ou não, sentido

As escadas do Real Teatro Dramático de Estocolmo tornaram-se solário improvisado
Anders Wiklund/ REUTERS

Unai Aranzadi, em Estocolmo

O e-mail chega às dez e meia da noite, embora em teoria o gabinete de imprensa da Autoridade Nacional de Saúde Pública da Suécia encerre cinco horas antes. Tudo indica que estejam a trabalhar a contrarrelógio, porque só na manhã seguinte chega a confirmação de que o Expresso pode entrevistar aquele que talvez seja hoje o epidemiologista mais questionado do mundo. Anders Tegnell, cientista que encabeça a excecional estratégia sueca, vem com escolta do serviço secreto, algo invulgar no único país da União Europeia que, apesar de sugerir medidas de prevenção contra a pandemia, decidiu não confinar a população.

“O confinamento dá resultados a curto prazo, mas não é sustentável no tempo, pelo que optámos por ser uma sociedade que permanece aberta”, indica. Além do alarmante número de mortes por covid-19 (4350 até ao fecho desta edição, com mais de 36 mil casos e quase 5 mil recuperados), Tegnell tem sido criticado por não alcançar o objetivo de ter, em maio, 40% dos habitantes de Estocolmo imunizados. É algo que admite, mas com matizes. “É possível que os meus cálculos tenham sido um pouquito otimistas, mas não demasiado. Temos em marcha uma investigação que poderá indicar 20% a 25% da capital, o que se aproxima bastante do valor que anunciámos há semanas.”

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