Coronavírus

PCP defende que plano da TAP para o Porto justifica controlo público efetivo

Centralização das operações da empresa de bandeira nacional em Lisboa é mais um episódio decorrente da ruinosa privatização da TAP feita pelo governo PSD/CDS e que o Governo minoritário do PS nunca quis reverter devidamente, alerta direção do PCP do Porto

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

A direção do PCP da cidade do Porto sustenta que reposição de voos anunciados pela TAP para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, “com um número muito insuficiente”, não ilude, antes confirma, a questão essencial: “a necessidade de um efetivo controlo público da TAP, afirmando-a como companhia de “bandeira”, ao serviço do país e do seu desenvolvimento”.

Para os comunistas, o número de ligações e de voos agora definidos para o Porto não corresponde às necessidades das populações nem da região e reflecte “opções de gestão” que não colocam como prioridade o desenvolvimento do país como um todo. Em comunicado divulgado esta terça-feira, um dia depois de a TAP ter divulgado o seu plano de retoma de atividade centralizado no aeroporto de Lisboa, o PCP alerta que se trata de “mais um episódio decorrente da ruinosa privatização feita pelo Governo PSD/CDS que o Governo minoritário do PS nunca quis reverter devidamente”, abdicando do necessário “controlo público sobre a empresa” e da definição estratégica das suas opções.

“Sem esquecer nem desvalorizar a gravidade desta decisão”, o PCP coloca a necessidade de uma urgente intervenção pública do Estado, que salve a empresa, mas assuma o seu controlo público, colocando-a ao serviço do país e do seu desenvolvimento.