O secretário de Estado da Saúde esclareceu esta segunda-feira que apenas seis das 14 mortes de covid-19 incluídas no boletim epidemiológico ocorreram nas últimas 24 horas, resultando os restantes da verificação dos certificados de óbitos feitas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
"Apenas seis dos 14 novos óbitos ocorreram nas últimas 24 horas e os restantes nove óbitos incluídos no relatório da situação desta segunda-feira resultam da verificação dos certificados de óbitos levado a cabo pela DGS", disse António Lacerda Sales, na conferência de imprensa diária para atualização dos dados referentes à covid-19.
Na sua intervenção inicial, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, explicou que os certificados de óbitos eletrónicos emitidos pelo médico são feitos a pacientes suspeitos de covid-19, mas sem terem ainda um teste positivo.
"Nesta situação covid pode acontecer um óbito e a pessoa tem sintomatologia compatível com covid, o médico regista como covid e depois nas horas seguintes, se chegar um teste a dizer que afinal era negativo, que a causa seria outra, obviamente que esse óbito não é contabilizado. O inverso também pode acontecer", disse Graça Freiras.
A diretora-geral da Saúde frisou que "pode haver pequenas diferenças" no número de óbitos novos em cada dia.
"Agora há muitos poucos casos de óbitos, não estranhem poder haver pequenas diferenças no dia-a-dia que se devem apenas à precisão do certificado de óbito", sustentou.