Chegar a casa voltou a ser horrível, “sempre horrível”. Os pensamentos de M. entrecruzam-se, enquanto descalça os sapatos para uma zona suja perto da porta, despe a roupa “automaticamente” para dentro da máquina de lavar e se refugia dentro do chuveiro.
Pode passar lá horas, com “coisas parvas” a sobrevoar-lhe a consciência. Talvez o cotovelo não tenha ficado bem lavado. Agora que tocou com ele na torneira, poderá ela ter ficado conspurcada. É preciso limpar. Pode passar lá horas. Uma, duas. Ficou mal lavado aqui, mal lavado ali. Sente a disseminar-se pela cabeça a possibilidade de ter contraído o vírus e, depois, o tormento de transmitir a doença a quem tem em casa.