Tem 113 anos e é a mulher mais velha a recuperar da covid-19 em Espanha. Veja AQUI a história de María. Pouco depois das 10 horas da manhã, a conferência de imprensa das autoridades de saúde espanholas trazia, dentro das más notícias, um dado animador: nas últimas 24 horas registou-se o número mais baixo de mortes em dois meses. Espanha registou mais 123 mortes e 373 novos casos, o que representa um aumento de 0,17% relativamente à véspera. No total, contabilizaram-se 26.744 vítimas mortais e 227.436 casos confirmados de infeção desde o início da pandemia. A cifra de recuperados super os 137 mil.
Por outro lado, a Coreia do Sul anunciou o número mais alto de casos desde o início de abril. O foco deste possível surto aconteceu numa zona de bares associada com a comunidade LGBTQ, o que pode dificultar a identificação das pessoas. O medo de discriminação pode ser um problema.
Esta segunda-feira ficou a saber-se também que está sob investigação, em Nova Iorque, uma misteriosa condição inflamatória que matou pelo menos três crianças. Um relatório do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, divulgado esta segunda-feira, disse ainda que o número total de mortes em Nova Iorque pode ser de 24.000, cerca de 4.000 mais do que os números oficiais registados entre março e início de maio. Saltando até Washington, ficou patente o “nervosismo” e “preocupação” na Casa Branca, que impôs uso de máscara aos funcionários que forem à Ala Oeste. Já Trump desvalorizou os casos de covid-19 identificados perto de si, garantindo ainda que não usa máscara porque “seria uma admissão de culpa”.
De volta à Europa, voamos para França, onde o fim do confinamento tem gerado alguns receios para quem volta ao trabalho em Paris. AQUI algumas histórias de quem voltou ao emprego depois de 55 dias de confinamento. A obrigatoriedade do uso de máscara no país levou o “Washington Post” a escrever sobre a proibição da burqa, que remonta a 2010. Em conversa com muçulmanos, ativistas e académicos, aquele jornal escutou queixas de discriminação. O número de vítimas mortais em França registou uma subida, de acordo com os dados oficiais divulgados nesta segunda-feira, dia em que começaram a entrar em vigor medidas de desconfinamento. Registaram-se, nas últimas 24 horas, mais 263 óbitos o que eleva o total de mortes para 26.643. No domingo, o número de vítimas mortais tinha sido de 70, o nível mais baixo desde o início da crise sanitária.
A Rússia superou, durante o dia, o número total de casos de Reino Unido e Itália. O país governado por Vladimir Putin tem agora um total de 221.344 casos, segundo as autoridades. O número oficial de mortes permanece relativamente baixa, com 2.009 vítimas.
Em Itália registaram-se nesta segunda-feira 744 novos casos de infeção, o número mais baixo desde o período anterior ao confinamento no norte do país. É a menor progressão em novos casos de infeção pelo novo coronavírus desde 4 de março passado, quando se registou um acréscimo de 587 infeções. Neste início de semana soube-se também que este país prepara voos de verão sem quarentena com três países europeus.
Já o Governo britânico, que anunciou mais 210 vítimas mortais por covid-19 nas últimas 24 horas, revelou cautela, pois pretende começar a abrir cabeleireiros, bares e restaurantes apenas a partir de 4 de julho. Boris Jonhson, o PM britânico, garantiu mesmo que o executivo está “pronto a carregar nos travões” caso corra mal o desconfinamento.
Na Alemanha registaram-se, nas últimas 24 horas, 357 novos casos, um ligeiro abrandamento comparando com os últimos dias. O total desde o começo da pandemia é de 169.575. De acordo com os dados do Instituto Robert Koch, morreram mais 22 pessoas (o total é de 7.417 vítimas mortais). Há ainda registo de mais 1.300 pessoas recuperadas (145.600 no total).
No sentido de asfixiar a propagação do vírus, a chanceler alemã, Angela Merkel, pediu à população para cumprir as "regras básicas" no dia em que o país entrava numa "nova fase" de desconfinamento. A advertência ocorre numa altura em que, uma semana depois de um primeiro alívio de restrições, com a reabertura de escolas primárias e secundárias e de estabelecimentos comerciais até 800 metros quadrados, o chamado fator R, que mede a taxa de contágio, registou um ligeiro aumento.
A Hungria acusou esta segunda-feira cinco países nórdicos da difusão de notícias falsas. O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto, emitiu duras críticas aos governos da Islândia, Suécia, Dinamarca, Noruega e Finlândia e que definiu em comunicado de "central liberal internacional que emite falsas informações".
Da China veio a notícia de que a Câmara Municipal de Shulan, na província de Jilin, vai entrar em “modo de tempo de guerra” em resposta a uma subida de casos locais de covid-19 durante o fim de semana. A cidade registou 14 casos confirmados de infeção nos últimos dois dias, de acordo com a Comissão de Saúde de Jilin. Já em Wuhan, o epicentro do surto, vai fazer-se testes de despistagem (ao ácido nucleico) à população durante 10 dias, avançou a Reuters.
Em África, um continente onde se esboça um cenário preocupante, o número de mortos subiu para 2.290, com mais de 63 mil infetados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente. De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana, nas últimas 24 horas morreram mais 67 pessoas e confirmaram-se mais 2.668 novas infeções. O número total de doentes recuperados aumentou de 20.792 para 21.821.
Ainda em África, o Presidente da Guiné-Bissau prolongou o estado de emergência e decretou recolher obrigatório. Num decreto presidencial, divulgado à imprensa esta segunda-feira, Umaro Sissoco Embaló refere que as "medidas constantes no decreto presidencial mantêm-se em vigor, sendo agravadas com o dever de recolher obrigatório em todo o território nacional e obrigatoriedade do uso de máscara de proteção individual". Os números de domingo indicam 726 infeções registadas, incluindo 26 recuperados e três mortos.
As Nações Unidas sinalizaram esta segunda-feira a possibilidade de as mortes por sida duplicarem na África subsaariana. A interrupção de tratamentos motivadas pela reorientação dos serviços de saúde para a resposta à covid-19 poderá causar 500 mil mortes adicionais relacionadas com a sida na África Subsaariana, estimou a ONU.
No início da noite, o vírus já tinha matado pelo menos 283 .978 pessoas, num universo de mais de 4,1 milhões de infeções identificadas: ver AQUI.
Finalmente, a Organização Mundial da Saúde alertou para “um número alarmante” de profissionais de saúde infetados. "Em alguns países, são mais de 10% dos casos relatados", afirmou Maria Van Kerkhove, epidemiologista da OMS. Segundo a especialista, a OMS está a investigar "onde e por que motivo" isto acontece, e a trabalhar para que isto deixe de acontecer. Até agora, "o que percebemos", disse, "é que muitos dos profissionais de saúde contactaram com um caso no seu ambiente familiar.