Coronavírus

Costa e o acesso às praias: “Ainda não encontrei uma fórmula em que eu próprio acredite”

Primeiro-ministro não desaconselha as praias, mas diz que está a tentar "inventar outro programa de férias". António Costa reconhece que este é um dos temas mais delicados do momento. E confessa: “Sei que tenho sempre a cabeça no cutelo”

JOSE SENA GOULAO/EPA

"É dos temas mais delicados que temos pela frente, ainda não encontrei uma boa fórmula em que eu próprio acredite", afirmou António Costa ao Porto Canal, esta sexta-feira, a propósito das regras para se poder frequentar as praias no próximo verão.

O primeiro-ministro diz ter esperança de poder gozar férias, mas mostrou-se pessimista com o acesso às praias ao ponto de sugerir que se encontrem alternativas. "Estou a ver se invento outro programa de férias", afirmou, embora ressalvando que espera "que as praias e as férias possam existir, para permitir reanimar a atividade turística".

Na entrevista ao Porto Canal, Costa confessou que o tema férias associado ao tema praias é uma das questões mais difíceis neste momento. Antes disso, o primeiro-ministro diz que a decisão mais difícil que teve de tomar durante esta crise sanitária do novo coronavírus foi a primeira, quando percebeu que "nunca íamos ter informação científica suficientemente sólida para nos amparar nas nossas decisões".

Até agora - acrescentou - "felizmente, não me arrependi de nenhuma, mas sei que tenho sempre o pescoço no cutelo".