Tem trabalhado em casa, apesar da perda social que considera ser a “invasão do domicílio pelo espaço laboral”. Lá não encontra ninguém, “nem o vírus”. Entre as reuniões espelhadas no ecrã do computador, o epidemiologista e professor, de 62 anos, coordena o Conselho Nacional de Saúde, órgão consultivo do Governo na linha da frente da gestão da crise sanitária, e é presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto. Vive agora um dos maiores desafios profissionais da carreira. Não tem medo, mas respeito suficiente pela ciência para constatar que se lhe pede muitas vezes o que ela não pode oferecer.
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“A pobreza é o principal determinante de doença”. Entrevista a Henrique Barros, presidente do Conselho Nacional de Saúde
Dirige o Conselho Nacional de Saúde, o órgão consultivo do Governo que está na linha da frente da gestão da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus. Em entrevista ao Expresso, Henrique Barros diz que o desconfinamento vai provocar “seguramente” um novo crescimento da pandemia, mas a alternativa não pode ser continuar em casa. “Na sida, a solução não foi deixar de ter relações sexuais, foi passar a tê-las com preservativo”