Coronavírus

Trabalhadores da Amazon e outras grandes empresas dos EUA cumprem no 1º de maio dia de greve conjunta

A mega-paralisação é o culminar de várias ações de protesto organizadas nas últimas semanas. Os funcionários de empresas que incluem a Instacart, Whole Foods e Target exigem condições de segurança face à pandemia e contestam recentes despedimentos, considerados abusivos

Reuters

Os trabalhadores de várias das maiores empresas norte-americanas vão cumprir um dia de greve conjunta no 1º de maio, pedindo também aos clientes que boicotem a Amazon, Instacart, Whole Foods e Target.

A paralisação - que os media descrevem como histórica - é o culminar de uma série de outras ações de protesto realizadas nas últimas semanas, com os funcionários na linha da frente a acusarem as empresas de falharem as medidas básicas de proteção, colocando-os em risco, enquanto estas obtêm lucros recorde.

"Juntos temos mais força”, afirmou Chris Smalls, um dos principais organizadores desta greve em massa, citado pela “Vice”. Smalls foi despedido do centro de atendimento de Staten Island da Amazon após ter aderido a uma paralisação no dia 31 de março.

“Formamos uma aliança entre as diferentes empresas porque todos temos um objetivo comum: salvar a vida dos trabalhadores e das comunidades. Não é hora de abrir a economia. A Amazon é um terreno fértil para o vírus, que se está a espalhar por várias instalações”, acrescentou.

Outras empresas, como a Whole Foods, Amazon e Instacart têm protestado desde o início da pandemia. Além da alegada falta de condições de segurança, particularmente nos armazéns, contestam vários despedimentos, considerados abusivos.

Os organizadores da greve deste 1º de maio, cuja preparação e divulgação tem passado muito pelas redes sociais e por aplicações como a Signal e Telegram para a circulação de mensagens criptografadas, formam um movimento com características muito particulares, ressurgente no país: trabalhadores não sindicalizados, subempregados e trabalhadores precários, que chamaram a si a missão de exigir mudanças e organizar os colegas de trabalho na ausência de um sindicato.