Os portões abrem-se automaticamente. O carro avança e serpenteia por entre o manto verde do Parque Biológico de Gaia, fechado ao público e transformado desde o início do mês num hotel com capacidade para receber 46 pessoas. Não se vê ninguém e o chilrear dos pássaros é o único som audível. Um aviso, colado na porta da hospedaria, é bem claro: “MANTER A PORTA FECHADA”. Estamos, pela segunda vez no período de uma semana, num lugar onde os hóspedes são também hospedeiros.
Exclusivo
Hóspedes e hospedeiros do vírus: os dias de quem teve de ir viver para um hotel com o “bicho mau”
Rosa, Juliana, Telma e o pequeno Daniel de 11 meses são os primeiros hóspedes do Hotel Positivo, montado no Parque Biológico de Gaia para dar abrigo a doentes com covid-19 sem necessidade de internamento hospitalar, mas impossibilitados de fazer um isolamento seguro em casa