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Coronavírus

Vamos à praia de máscara? Ainda às cegas, autarcas aguardam manual de instruções

Depois de António Costa ter alertado que o vírus não hiberna no verão e que vamos a banhos com restrições, são mais as dúvidas do que as certezas como será a época balnear. Até ao momento, os autarcas do litoral não receberam qualquer manual de procedimentos sobre qual 'a lotação' dos areais ou quem irá fiscalizar os distanciamentos de segurança

LUÍS FORRA

Os autarcas da zonas balneares do Norte a Sul do país ainda estão às cegas sobre como vai ser o verão na hora de ir a banhos. A primeira incógnita é quando arranca oficialmente a época balnear, mas a principal dúvida é saber que autoridades policiais serão responsáveis pelo cumprimento das regras de isolamento social nas praias. A Proteção Civil Municipal, a Polícia Marítima ou a GNR? Quem fiscaliza o intervalo de distância entre toalhas, chapéus de sol, toldos e barracas? Iremos de viseiras ou máscara para a praia? E a quem cabe interpelar os prevaricadores? Os concessionários das praias ou as forças de segurança?O mar de dúvidas a que nenhum autarca sabe ainda responder poderá começar a ser desvendado esta quarta-feira: a Comissão Técnica de Acompanhamento da Gestão das Águas Balneares reuniu para elaborar a proposta de usufruto das praias, encontro em que estará representada Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e outras nove entidades, entre as quais a DGS. Apesar de ainda não existir calendário fixo de início de temporada balnear, a APA aponta para 1 de junho, data que será adaptada ao evoluir da pandemia e condicionada ao levantamento do estado de emergência. E, por último, à “elaboração de regras bem definidas de funcionamento” das praias, conforme avança a APA ao Expresso.