As linhas de montagem da companhia aérea norte-americana Boeing serão reiniciadas na próxima semana, retomando a construção de aeronaves comerciais pela primeira vez desde que a sua fábrica no estado de Washington foi encerrada há um mês.
No entando, segundo algumas agências de informação da área da economia, o colapso na procura de viagens aéreas significa que os clientes da Boeing podem não precisar desses aviões que a Boeing agora se propõe colocar no mercado.
As notícias de que a Boeing se prepara para retomar a produção fizeram com as as suas ações tivessem disparado 14% em bolsa na passada sexta-feira. Mas isso não muda o facto de que, até agora, este ano a Boeing teve quatro vezes mais pedidos cancelados - 196 - do que encomendas recebidas. Além disso, outros 160 pedidos para novas encomendas de aviões foram adiados.
Por outro lado, importa ainda referir que a maioria dos aviões cancelados dizem respeito ao polémico modelo 737 Max que, depois de ter provocado vários acidentes fatais há mais de um ano - que vitimaram 346 pessoas -, está proibido desde março de 2019.
Há que ter ainda em conta, segundo alguns analistas, que, perante o medo de viajar gerado pela Covid-19, as companhias aéreas não deverão precisarão de novos aviões no futuro próximo.
Da frota mundial de 26.000 aviões comerciais de passageiros, quase 17.000, ou 64%, agora estão estacionados em aeroportos, segundo a base de dados da Cirium.