Coronavírus

Covid-19. Marcelo Rebelo de Sousa discutiu "possibilidade de um eventual maior envolvimento" das Forças Armadas no combate à pandemia

Presidente da República reuniu-se esta terça-feira em Belém com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, António Silva Ribeiro

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou esta terça-feira com o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA) sobre a possibilidade de um "maior envolvimento" das Forças Armadas no combate à pandemia da covid-19.

Esta informação consta de uma nota divulgada no portal da Presidência da República na Internet depois de o Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas ter recebido o CEMGFA, almirante António Silva Ribeiro, hoje à tarde, no Palácio de Belém, em Lisboa.

De acordo com a nota divulgada, o Presidente da República abordou com o CEMGFA nesta reunião "a participação atual das Forças Armadas no combate à pandemia da covid-19, bem como a possibilidade de um eventual maior envolvimento das mesmas".

No dia 19 de março, quando começou a vigorar em Portugal o estado de emergência, o primeiro-ministro afirmou que neste âmbito as Forças Armadas seriam utilizadas "se e quando for necessário" e dentro do quadro legal previsto.

"O quadro de intervenção das Forças Armadas no âmbito do estado de emergência está claramente definido na lei e em tudo o que seja necessário poderemos contar com as nossas Forças Armadas para qualquer missão que caiba no quadro legal deste estado de emergência e utilizaremos esse recurso se e quando for necessário", afirmou na altura António Costa, em resposta aos jornalistas, após uma reunião do Conselho de Ministros, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

O regime legal do estado de emergência admite o recurso aos militares para apoiar as autoridades civis e forças de segurança no período de exceção, durante o qual funciona em permanência o Conselho Superior de Defesa Nacional.

O mesmo regime remete para a declaração do estado de emergência a determinação do "grau de reforço dos poderes das autoridades administrativas e civis e de apoio às mesmas pelas Forças Armadas, sendo caso disso".

Depois, o Conselho Superior de Defesa Nacional (CSDN) deve emitir parecer sobre "as condições de emprego das Forças Armadas" durante o período de vigência do estado de emergência e se tal vier a ser requerido, prevê a Lei de Defesa Nacional.

O Presidente da República já fez saber, na sexta-feira, que tenciona renovar mais uma vez o estado de emergência, por novo período de 15 dias, até 02 de maio, defendendo que não se pode "brincar em serviço" nem "baixar a guarda" no combate à propagação da covid-19.