Depois de o uso generalizado das máscaras ter sido desaconselhado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), por poder gerar “um falso sentimento de segurança”, este organismo recomenda agora a sua utilização “por qualquer pessoa em espaços interiores fechados com múltiplas pessoas”.
Numa nota informativa divulgado esta segunda-feira, a DGS justifica a nova tomada de posição e sublinha que o uso de máscaras na comunidade” constitui uma medida adicional de proteção, pelo que não dispensa a adesão às regras de distanciamento social, de etiqueta respiratória, de higiene das mãos e a utilização de barreiras físicas”.
A nota começa por diferenciar os diferentes tipos de máscara disponíveis: respiradores (um equipamento de proteção individual destinado aos profissionais de saúde); máscaras cirúrgicas (que previnem a transmissão de agentes infeciosos das pessoas que as utilizam); e máscaras não-cirúrgicas, comunitárias ou de uso social (dispositivos de diferentes materiais texteis, destinados à população geral, não certificados).
A DGS lembra depois que “a eficácia da utilização generalizada de máscaras pela comunidade na prevenção da infeção não está provada”, mas “face à ausência de efeitos adversos associados ao uso de máscara”, a sua utilização deve ser considerada em lugares fechados. Exemplos? “Supermercados, farmácias, lojas ou estabelecimentos comerciais, transportes públicos, etc”, pode ler-se.
A importância de garantir uma utilização adequada é também sublinhada, pelo que a DGS considera que o uso de máscaras “implica o conhecimento e domínio das técnicas de colocação, uso e remoção”, não podendo a sua utilização “de forma alguma, conduzir à negligência de medidas fundamentais como o distanciamento social e a higiene das mãos”.
No documento assinado por Graça Freitas, a DGS recorda que tem estado alinhada com as perspetivas europeias e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) no âmbito da pandemia e volta a alertar para o facto de os doentes e os profissionais de saúde constituírem os grupos prioritários para o uso de máscaras cirúrgicas.
Finalmente, é dito, a DGS e o INFARMED, em conjunto com outros organismos e peritos, "estão a concluir a definição das especificações técnicas das máscaras não cirúrgicas, comunitárias ou de uso solidário, e os seus mecanismos de certificação".
VEJA AQUI NA ÍNTEGRA O DOCUMENTO DA DGS