Há ideias que se repetem passados doze anos, como a de defender negociação em busca de uma unidade nacional em torno de um objetivo. Há políticas que defendia e que entretanto caíram e críticas que fez, que causaram azedume no então primeiro-ministro José Sócrates. A crise de 2008 será em muito diferente da atual e António Costa, que antes ocupava a presidência da câmara e era o número dois do PS, subiu a escada da responsabilidade e tem agora na mão a batuta das decisões.
Quando a crise de 2008 bateu à porta, António Costa falava pelo menos uma vez por semana no programa da SIC, Quadratura do Círculo, e nem sempre concordou a 100% com os famosos PEC (Programas de Estabilidade e Crescimento) de José Sócrates. Nos primeiros dois anos da crise, de 2008 a 2010, a resposta foi expansionista, com o Governo a lançar investimento público e a aumentar, por exemplo, o salário dos funcionários públicos. Mas em 2010 tudo mudou e as indicações europeias foram para apertar o cinto, para reduzir défice e dívida. Foi aí que Sócrates se viu na iminência de ter de fazer os PEC com cada vez mais medidas de austeridade até ao grande pacote final negociado com a troika. Se nos primeiros dois anos da crise não se encontram grandes referências a posições públicas de António Costa, a partir de 2010 estas são bastantes.
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