Mundo
Os números de novos casos, mortes e recuperações continuam a crescer no mundo: são 40 mil vítimas mortais, 177.141 recuperados e os casos confirmados ultrapassaram os 800 mil.
O Banco Mundial previu esta terça-feira que 24 milhões de pessoas no leste da Ásia e no Pacífico não vão escapar à pobreza devido ao coronavírus.
União Europeia
O material comprado em grupo para os países darem respostas médicas vai tardar “algumas semanas” a chegar, admitiu um porta-voz da Comissão Europeia.
Num outro tabuleiro da pandemia, a inflação na zona euro caiu para 0,7% em março, o que é o número mais baixo deste outubro. A guerra de preços do barril do petróleo entre Riade e Moscovo motivou a descida da inflação, de acordo com a estimativa do Eurostat.
Espanha
Num dia em que uma senhora de 101 anos recuperou à covid-19, organizações espanholas que representam os idosos e deficientes apelaram à não discriminação em contexto de cuidados intensivos. Já um sindicato de enfermeiros denunciou violação de direitos dos profissionais, baseando-se sobretudo na carência de equipamentos de proteção.
Espanha aprovou ainda o subsídio extraordinário de desemprego, visando assim reforçar as medidas económicas e sociais de apoio aos mais vulneráveis.
Espanha registou mais 849 mortes nas últimas 24 horas, superando assim as 8.000 mortes no total.
Itália
O país europeu mais castigado pela covid-19 registou mais 837 mortes nas últimas 24 horas, mas há sinais de esperança pois o ritmo de contágio desacelerou.
O ministro da Saúde de Itália confirmou que as medidas de confinamento vão manter-se em vigor pelo menos até 12 de abril, domingo de Páscoa.
Por outro lado, num país que está em quarentena há várias semanas, chegou uma notícia que pode trazer algum alento: os menores estão autorizados a sair de casa para um passeio nas imediações de casa, na companhia do pai ou da mãe. Não vale fazer jogging ou desporto, é apenas uma volta para esticar as pernas.
França
A contagem de mortes no total já superou as 3.500. Nas últimas 24 horas morreram em França mais 499 pessoas. É o maior aumento diário do número de mortes desde que o novo coronavírus se transformou em pandemia.
Quanto a infetados, os franceses contam com 52.128 casos identificados, sendo que 7.578 deles surgiram nas últimas 24 horas.
Reino Unido
Mais 367 morreram nas terras britânicas. Ao todo são já 1.651 vítimas mortais por covid-19, cujas idades estavam compreendidas entre os 19 e 98 anos.
Esta terça-feira ficou marcada pela primeira reunião digital do Governo britânico e ainda pela notícia de que os vistos de 2.800 profissionais de saúde foram automaticamente renovados. Mais: o governo britânico anunciou a libertação temporária de prisioneiras grávidas para não correrem o risco de infeção.
No plano económico ficou a saber-se que a British Airways suspendeu os voos de Gatwick e para Gatwick, o segundo maior aeroporto a servir a cidade de Londres. A culpa é da procura. Ou da falta dela. Afinal são tempos de “restrições consideráveis” num “ambiente de mercado difícil”, reconheceu a empresa.
O mayor de Londres, Sadiq Khan, apelou aos clubes de futebol Arsenal, Chelsea, Crystal Palace, West Ham, Fulham, Charlton Athletic, QPR, Brentford e Millwall para fazerem algo pelos londrinos. Ou seja, pediu médicos, instalações e quartos. O pedido do político foi enviado por carta.
Holanda
O número de pessoas que morreram com a doença na Holanda supera já as mil: 1.039 exatamente. Foram 175 mortes e 845 novos casos nas últimas 24 horas. Ao todo, a Holanda já identificou 12.595 casos, dos quais 250 estão recuperados.
Os problemas diplomáticos no coração da União Europeia, de natureza semântica e naturalmente económica, que colocaram Portugal e Holanda em tensão viveram um novo capítulo: o ministro holandês reconheceu que “não esteve bem” na declaração que António Costa definiu como “repugnante”.
Esta terça-feira ficou a saber-se ainda que o tema coronabonds tem aberto brechas no Governo holandês. Os dois líderes da coligação que governa aquele país demarcaram-se das declarações do primeiro-ministro e do ministro das Finanças holandeses. Mário Centeno entrou em jogo e lembrou que esta pandemia terá de ser “um fardo comum”, algo que vai determinar “a coesão da Zona Euro”.
Alemanha
O Instituto Robert Koch, a agência de saúde pública do país, registou mais 128 mortes e 4.615 infeções confirmadas nas últimas 24 horas. Os números totais estacionam para já nos 66.885 casos e 645 mortes.
Foi anunciado durante o dia que o Senado de Berlim vai debater esta quinta-feira a lista de multas a aplicar em caso de desobediência ou incumprimento das medidas de restrição definidas para travar a propagação do vírus. Ficou a saber-se que as multas podem ir até aos 25 mil euros.
Estados Unidos
Este dia ficou marcado pela crítica de Barack Obama, o ex-Presidente norte-americano, a Donald Trump. “Devemos exigir mais dos nossos líderes. Todos nós, de uma maneira terrível, assistimos às consequências causadas por quem ignorou os avisos sobre uma pandemia”, escreveu Obama no Twitter.
Os Estados Unidos ultrapassaram a China em mortes, aproximando-se das 3.400 vítimas mortais por covid-19.
O governador de Nova Iorque revelou que os efeitos da pandemia foram “subestimados pelas autoridades do país”. Durante a tarde, um telefonema entre Donald Trump e Erdogan, o Presidente turco, afinava o tom para pedir o cessar-fogo na Síria e Líbia. “Os dois dirigentes chegaram a acordo para um trabalho conjunto e em boa coordenação sobre a campanha internacional para vencer o vírus e apoiar a economia mundial”, podia ler-se num comunicado da Casa Branca.
Os Estados Unidos deparam-se ainda com outro problema, que envolve desta vez militares num porta-aviões. O comandante do USS Theodore Roosevelt explicou numa missiva que, depois da descoberta de três militares contagiados, a doença continua a espalhar-se pela tripulação. O navio está atracado no Porto de Guam. “Não há razão para os militares morrerem”, defendeu o comandante.